De acordo com o estudo “Skeletal dysplasia-like syndromes in wild giraffe”, publicado na revista BMC Research Notes, existem girafas com distúrbios esqueléticos ou cartilaginosos, o que significa que os investigadores descobriram, pela primeira vez, girafas anãs. Uma ocorrência rara na maioria das populações de animais selvagens.
Por norma, a altura média de uma girafa ronda os 4,8 metros. Contudo, a primeira girafa anã descoberta, no Parque Nacional Muchison Falls, em Uganda, media cerca de 2,5 metros de altura. A segunda descoberta, no Centro da Namíbia, 2,8 metros. Ambas as espécies consideradas subadultas, o que significa que são animais independentes em fase de maturação.
Para Michael Brown, biólogo conservacionista e principal autor da pesquisa, “casos de animais selvagens com estes tipos de displasias esqueléticas são extraordinariamente raros. É um acontecimento interessante na história única da girafa nesses diversos ecossistemas.” Apesar das girafas de altura considerada normal alcançarem árvores mais altas para conseguirem maior variedade de alimentos, não existe outro tipo de benefício nas suas alturas.
De acordo com os investigadores, a probabilidade desta espécie de girafa anã se cruzar com as suas contrapartes de tamanho normal é fisicamente impossível.
O facto de terem sido avistadas pela primeira vez torna-se um marco importante para a biodiversidade, para os ecossistemas e para o meio ambiente. No entanto, é preciso preservar esta e outras espécies de populações de girafas, isto porque muitas já foram extintas e outras para lá caminham. É urgente a implementação de medidas de eficácia na proteção desta espécie tão importante para a sustentabilidade ambiental.