Insetos em risco de extinção pela atividade humana

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De acordo com um estudo desenvolvido pela revista Biological Conservation, mais de 40% das espécies de insetos estarão em vias de extinção nas próximas décadas. As espécies invasoras, a urbanização, as alterações climáticas, a agricultura intensiva e os poluentes agroquímicos são os principais responsáveis por esta consequência prejudicial para a biodiversidade.

A investigação tem por base uma seleção dos 73 melhores estudos elaborados, até ao momento, acerca do declínio dos insetos. Um estudo que alerta para a progressiva extinção da entomofauna, ou seja, a fauna dos insetos.

OS INSETOS MAIS AFETADOS

Entre as diversas espécies afetadas, no que diz respeito aos ecossistemas terrestres, a classe dos escaravelhos – Hymenoptera, onde estão incluídos os besouros, as vespas, as abelhas e as formigas –, assim como as borboletas e as traças, são as mais afetadas.

Em relação aos ecossistemas aquáticos, as libelinhas (Odonata) e as larvas (Trichoptera) são as que foram, até ao momento, as mais prejudicadas e até já perderam um número consideravelmente elevado dos seus grupos. Desta forma, e de acordo com o estudo divulgado, as borboletas, as traças e as abelhas são, sem sombra de dúvida, as mais atingidas, onde já se verifica uma diminuição progressiva destas espécies.

BIODIVERSIDADE E ECOSSISTEMAS EM RISCO

Segundo o jornal The Guardian, a rapidez da extinção da entomofauna é oito vezes mais rápida do que a dos mamíferos, répteis e aves, pelo que é determinante agir para que a natureza, a biodiversidade e os ecossistemas funcionem em pleno.

A extinção destas espécies poderá ter consequências catastróficas tanto para os ecossistemas como para a sobrevivência humana, uma vez que terá impacto na cadeia alimentar de outros grupos de animais, nomeadamente répteis, anfíbios, peixes e pássaros. É, desta forma, determinante implementar medidas concretas  de reavaliação das práticas agrícolas, nomeadamente na redução dos pesticidas, para permitir aumentar, substancialmente, a recuperação destas populações de espécies e salvaguardar os ecossistemas vitais da Terra.