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Aquecimento global: Terra perdeu biliões de toneladas de gelo em 30 anos

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Nos últimos 30 anos, a Terra perdeu 28 biliões de toneladas de gelo, o que equivale a uma camada de 100 metros de espessura a cobrir o Reino Unido, cumprindo os piores cenários científicos. Esta conclusão surpreendente foi descoberta por um grupo de cientistas britânicos, que realçam que este fenómeno preocupante foi causado pelo aquecimento global, exponenciado pelo efeito de estufa, que intensifica a poluição atmosférica, devido ao seu papel de refletividade.

Esta análise foi possível de ser estudada, uma vez que os investigadores observaram imagens de satélite dos polos, cordilheiras montanhosas e glaciares para calcular quanto gelo se perdeu, nos últimos anos. Para além disso, após estes resultados, a equipa depressa concluiu que, até ao final do século, o nível da água poderá subir um metro por causa do degelo nos polos, o que irá afetar milhares de milhões de pessoas.

A QUANTIDADE DE GELO PERDIDA TEM CONSEQUÊNCIAS IRREVERSÍVEIS PARA O PLANETA

De acordo com o resumo do estudo, publicado na revista científica Cryosphere Discussions, 60% do gelo perdido foi no hemisfério norte e o restante no hemisfério sul. Contudo, o estudo revela, ainda, que a taxa de degelo aumentou em 57% a partir da década de 90, passando de 0,8 para 1,2 biliões de toneladas por ano.

O gelo tem o poder de refletir radiação solar para o espaço e quanto menor for esse fenómeno, maior a energia solar absorvida. Com o aquecimento global, há menos gelo e, por isso, menos radiação é refletida para o espaço, o que leva o oceano a absorver a energia necessária, traduzindo-se em aquecimento e em degelo significativo dos glaciares.

Além das consequências irreversíveis do aquecimento global, os cientistas alertam que a perda de gelo torna a água mais gelada, uma vez que os glaciares ficam derretidos, sendo uma grave ameaça para os ecossistemas e para as comunidades em vários pontos do globo.

Para a análise destes resultados surpreendentes, os investigadores utilizaram imagens de vários continentes, além da Antártida e da Gronelândia, procurando analisar a progressão do degelo na Terra entre 1994 e 2017.