12 a 21 milhões de toneladas de microplásticos nas águas superficiais, são os valores estimados num estudo divulgado na revista Nature Communications, que aponta para a possibilidade do oceano Atlântico ter, pelo menos, 10 vezes mais plástico do que se julgava até então. Este estudo focou-se, essencialmente, em três tipos de plástico mais comum: o polietileno, o polipropileno, e o poliestireno, os plásticos mais encontrados no lixo diário da população.
Os investigadores analisaram três profundidades diferentes entre a superfície e os 200 metros. Neste estudo foi possível detetar e identificar os diversos tipos de plástico no Atlântico, utilizando técnicas de imagem espetroscópica, e concluir que o Atlântico pode ter 200 milhões de toneladas de lixo marinho, disperso por toda a sua área.
MAIS DE 700 ESPÉCIES SÃO AMEÇADAS PELO LIXO MARINHO
As garrafas de plástico e as beatas de cigarro são dois dos principais agentes poluidores e os mais encontrados nos oceanos. Estes resíduos têm um impacto severo na biodiversidade e nos ecossistemas da Terra, uma vez que o lixo marinho é fortemente confundido com comida e, assim sendo, os animais marinhos acabam por ingeri-los, prejudicando a cadeia alimentar.
Em termos concretos, estima-se que mais de 700 espécies já tenham sido ameaçadas por esta problemática ambiental, tendo sido afetadas, sobretudo, por plásticos descartáveis e por materiais de pesca, como as redes.
14 MILHÕES DE TONELADAS DE MICROPLÁSTICOS NO FUNDO DOS OCEANOS
De acordo com um estudo desenvolvido pela agência nacional de ciência da Austrália – CSIRO, existe cerca de 14 milhões de toneladas de microplásticos dispersos pelo fundo dos oceanos. Este cenário preocupante foi possível de se verificar, após a recolha de sedimentos a cerca de 300 quilómetros da costa sul australiana, a profundidades que variaram entre os 1655 e os 3016 metros. Dados depois extrapolados pelos investigadores para todo o Planeta.
Segundo os investigadores da CSIRO, as informações sobre as quantidades existentes a grandes profundidades são escassas, pelo que, esta pesquisa oferece uma primeira estimativa global da quantidade de microplásticos que existe no fundo do mar. Até então, a estimativa, de 2018, da Comissão Europeia, apontava para a presença de mais de 150 milhões de toneladas de plástico nos oceanos.
Toda esta problemática ambiental pode ser minimizada se TODOS contribuirmos, de igual forma, para a correta separação dos resíduos. O plástico, enquanto problema à escala global, tem sérias consequências para todos nós e se não as resolvermos as próximas gerações ficarão comprometidas.