Cerca de 72% do lixo que aparece nas praias portuguesas é plástico. Este é o alerta dado pela World Wide Fund dor Nature (WWF), neste que é considerado “o mês internacional sem plástico”. De acordo com o relatório da organização ambientalista internacional é urgente encontrar alternativas para evitar plástico descartável de uso único.
O ritmo da poluição dos oceanos está a aumentar drasticamente, traduzindo-se, por exemplo, em 33.800 mil garrafas de plásticos despejadas, a cada minuto, no mar Mediterrânio. O plástico, oriundo, essencialmente, da Turquia e de Espanha continua a representar 95% dos resíduos que flutuam no Mediterrâneo. Alertar e sensibilizar a comunidade para a importância da educação ambiental promovendo um comportamento mais responsável e racional, são alguns dos ideais que devemos seguir para caminharmos em direção a uma economia circular dos plásticos e, consequentemente, para um país verdadeiramente mais sustentável.
MICROPLÁSTICO COLOCA EM CAUSA CADEIA ALIMENTAR.
Segundo dados científicos analisados pela WWF, 20% dos peixes de consumo quotidiano têm microplásticos nos seus estômagos e 80% das tartarugas-marinhas recém-nascidas, que têm zonas de alimentação nos Açores, comem, na sua maioria plástico. Portugal, apresenta, assim, dados preocupantes ao longo da cadeia alimentar, destacando-se as zonas de Lisboa e da Costa Vicentina que pela proximidade aos estuários do Tejo e do Sado apresentam elevadas densidades de microplásticos.
Estima-se que, se nada for feito, os oceanos poderão ter mais plástico que peixe entre 2025 e 2050, representando uma tonelada de plástico por cada três toneladas de peixe. É, assim, urgente, eliminar totalmente a descarga destes resíduos nos oceanos.
Seja um ativo importante nesta causa para avançarmos com uma estratégia de redução significativa do consumo de plástico, e, nos casos em que não for possível a sua substituição, aumentando a sua reutilização e reciclagem.