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Veículos autónomos são o caminho futuro para um planeta mais verde

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De acordo com o estudo “As oportunidades dos veículos autónomos para a qualidade do ar das cidades”, desenvolvido por investigadores da Universidade de Aveiro, os veículos autónomos contribuem para que as cidades tenham um ar menos poluído e, por isso, mais saudável. Esta investigação salienta, ainda, que este tipo de veículos prometem melhorar a segurança rodoviária, promovendo, cada vez mais, o bem-estar da população.

Segundo os investigadores, existe um grande conjunto de benefícios ambientais que precisam de ser explorados. O comportamento do condutor tem consequências diretas na qualidade do ar. Através do processo de aceleração, de desaceleração e de travagem, a forma como conduzimos influencia não só o consumo de combustível, como também o número de emissão de CO2 libertadas.

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA DIMINUI DEVIDO AOS VEÍCULOS AUTÓNOMOS

A investigação baseou-se em modelos de computação em dinâmica de fluidos para prever e conjugar diversos cenários, como o número de veículos elétricos e não elétricos em circulação e as morfologias urbanas. Assim, foi possível verificar uma redução total de 4% das emissões de óxidos de nitrogênio, gases nocivos à saúde produzidos por veículos com motor de combustão.

Os investigadores observaram, ainda, uma redução de 2% de dióxido de azoto, um dos gases mais perigosos para o ambiente. Contudo, o estudo demonstrou que estas reduções serão maiores quanto maior a taxa de integração dos veículos autónomos das estradas das cidades, chegando a reduções máximas de 7.6%, revelando uma capacidade significativa de melhoria da qualidade de 4%.

Sandra Rafael, investigadora que participou neste estudo, destaca que estes dados apesar de se demonstrarem modestos, “são relevantes no contexto de poluição atmosférica em que vivemos. Embora a estratégia europeia para a redução das emissões ter conduzido a uma melhoria generalizada da qualidade do ar em toda a Europa, a concentração de alguns poluentes atmosféricos, como é o caso do material particulado e do dióxido de azoto, permanecem demasiado elevados em grande parte das cidades europeias”. Salientando, “torna-se essencial desenvolver tecnologias que permitam de forma eficiente e sistemática reduzir as emissões associadas a este setor”.

Como o objetivo de perceber e de otimizar a influência dos veículos conectados e autónomos na eficiência ambiental de fluxos de tráfego rodoviário, este estudo vem demostrar que os veículos autónomos podem ser o futuro para um caminho verdadeiramente mais verde.