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Emissões de metano atingem limiares desastrosos para o Planeta

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As emissões globais de metano estão a atingir níveis nunca registados. Este é o alerta dado pelos investigadores do Projeto Carbono Global, uma iniciativa que juntas várias instituições, e que integra o conhecimento de gases com efeito de estufa para atividades humanas e para o sistema do Planeta. 

Nos últimos anos, as emissões de metano, um gás altamente inflamável, alcançaram limiares desastrosos para o meio ambiente. Incêndios, secas, inundações e desastres naturais são alguns dos fenómenos que os investigadores preveem, caso haja um aquecimento atmosférico de 3°C a 4°C. 

De acordo com os dados globais, em 2017, a atmosfera terrestre absorveu quase 600 milhões de toneladas de gás metano, o que se traduz numa enorme preocupação, uma vez que os gases com efeito de estufa são 28 vezes mais intensos do que o dióxido de carbono, permanecendo na atmosfera durante mais 100 anos. 

Segundo dados destes investigadores, o metano proveniente da produção e utilização de combustíveis fósseis, representou, em 2017, cerca de 108 milhões de toneladas, um aumento de quase 15%, face à média do mesmo período do ano anterior. No entanto, estas emissões também são provenientes da agriculturaque chegou a atingir os 227 milhões de toneladas, o que reflete 11% das emissões. Desta feita, segundo os investigadores, os principais emissores de metano são as fontes de combustíveis fósseis e as vacas. 

UMA REALIDADE PREOCUPANTE NO FUNDO DO MAR DA ANTÁRTIDA

Estima-se que no fundo do mar da Antártida, estejam acumulados cerca de 25% de metano. Esta é a primeira fuga ativa de metano nessa zona, que é causadaessencialmente, pelo aquecimento do mar, que faz derreter o gelo e, consequentemente, aumenta este fenómeno alarmante. Desta forma, foram acumuladas grandes quantidades de metano no fundo do mar da Antártida.  

No entanto, para que este flagelo não chegue à atmosfera é preciso que os micróbios absorvam o metano. Segundo os cientistas, da Unidade Estadual do Oregon, este gás pode começar a desaparecer quando os oceanos começarem a aquecer, um cenário que se prevê catastrófico.  

Esta é uma realidade preocupante, que mesmo com a pandemia do COVID-19 não parou de crescer. Provenientes de ações humanas, as emissões de metano devem ser reduzidas através da implementação de energia renovável, de mudanças na forma de alimentar os animais e na própria alimentação humana. Cuidar do planeta ao mudarmos comportamentos ,pode diminuir os efeitos destas emissões desastrosas.