A população global ameaça deslocar-se, rapidamente, para cidades altamente sustentáveis e com maior qualidade de vida. Esta é uma das conclusões do estudo “Street Smart: Putting the citizen at the center of Smart City initiatives”, desenvolvido pelo Capgemini Research Institute, que refere que a população está, na sua grande maioria, insatisfeita com o atual nível de desenvolvimento dos locais onde vivem.
Esta é já uma realidade, em muitos países, potenciada, essencialmente, pelo contexto da Era Digital das cidades, ou seja, quanto menor é o desenvolvimento digital das cidades maior é a frustração digital das pessoas que lá vivem. Segundo este estudo, que inquiriu 10 mil pessoas, incluindo 300 autarcas de 10 países e 58 cidades, a população está disposta a pagar mais para puder viver em cidades inteligentes, onde haja uma melhor qualidade de ar, para que a poluição atmosférica não interfira diretamente na saúde.
SUSTENTABILIDADE ALIADA AO BEM-ESTAR DA POPULAÇÃO
É certo que, atualmente, toda a comunidade global está inserida num mundo tecnológico e inovador, mas as cidades não estão a saber acompanhar esta evolução normal da realidade. Desta forma, e segundo este estudo, progressivamente, a população tem dado sinais de quer mudar para cidades onde a transformação digital está mais avançada.
Este facto torna-se cada vez mais real, uma vez que a população defende, cada vez mais, a qualidade de vida aliada à sustentabilidade das cidades onde vivem. De acordo com o estudo, a sustentabilidade está a adquirir uma importância crescente. Os cidadãos consideram que a poluição ou a carência de iniciativas sustentáveis são motivos fortemente preocupantes.
SMART CITIES EM PORTUGAL
Em Portugal, os municípios têm vindo a estar atentos a esta crescente preocupação dos habitantes em tornar as suas cidades inteligentes. Utilizar os espaços públicos de forma responsável, ter uma cidade com um estilo de vida sustentável e um desenvolvimento cada vez maior, são os pontos chave para desenvolver as cidades portuguesas.
Aveiro, Viseu, Águeda, Torres Vedras e Penela são alguns exemplos de cidades portuguesas onde a transformação digital está a marcar o território. Melhorar a mobilidade, a energia e o ambiente, a cultura e a arte têm sido os princípios sustentáveis que estas cidades estão a levar a cabo, posicionando-se, assim, de forma estratégica no mapa.
Otimizar as cidades é um ponto crucial na estratégia de sustentabilidade por um mundo mais responsável, eficiente e ativo na proteção do meio ambiente. Atualmente, mais de metade da população mundial vive nos grandes centros e a tendência é que continue a aumentar. As cidades têm que, por isso, ter de saber acompanhar a evolução e mudar para que todos tenhamos a possibilidade de viver em volta da sustentabilidade, aproveitando os recursos que a natureza tem para nos oferecer.