Monitorizar a floresta através de câmaras óticas, simular e prever o comportamento do fogo, desenvolver novos modelos de gestão florestal sustentável para as principais espécies florestais portuguesas ou utilizar a robótica nas operações florestais são os objetivos do rePLANT, um projeto que irá trazer novas tecnologias para desenvolver a floresta portuguesa e torná-la mais segura.
Até 2030, o projeto vai juntar empresas líderes do setor, universidades e centros de investigação, de forma a valorizar a floresta através do uso de novas tecnologias, criando novos produtos e serviços nas áreas da gestão integrada da floresta e do fogo.
Carlos Fonseca, diretor Científico e Tecnológico do ForestWISE – Laboratório Colaborativo para Gestão Integrada da Floresta e do Fogo, refere que “esta iniciativa pretende responder aos desafios de valorização e defesa da floresta, num setor com mais de 24 mil empresas, responsável por mais de 100 mil empregos e que representa cerca de 10% das exportações do país, contribuindo para o aumento da biodiversidade e da resiliência da floresta portuguesa”.
ÁREAS DE ATUAÇÃO DO REPLANT
O rePLANT irá ter impacto em todo o ecossistema produtivo e empresarial do setor e melhorar a segurança das populações que vivem em espaços florestais. Através do projeto, serão introduzidos produtos e serviços inovadores no setor, que vão ter um impacto positivo em toda a cadeia, nomeadamente nos prestadores de serviços e nos produtores florestais.
Será, ainda, desenvolvida uma investigação em espécies mais adaptadas às alterações climáticas e novos modelos de gestão florestal sustentável para as principais espécies florestais portuguesas.
Um projeto estruturado em três grandes áreas de atuação: a primeira, dedicada à gestão da floresta e do fogo, a segunda, sobre gestão do risco e um terceiro pilar, sobre a economia circular e as cadeias de valor.
Além disso, neste projeto serão também desenvolvidos novos sistemas digitais de inventário florestal e monitorização regular da floresta, sistemas de comunicação entre equipamentos para os processos de corte e transporte de produtos florestais (madeira e biomassa), e novos equipamentos com automação e robótica para cuidar das florestas cultivadas.