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Investigação prevê novas pandemias transmitidas pela vida selvagem

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De acordo com os investigadores da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, o Planeta criou uma tempestade perfeita para que doenças oriundas da vida selvagem sejam transmitidas aos seres humanos e se propaguem rapidamente pelo mundo. Para evitar tal ameaça, investigadores um pouco por todo o mundo estão de olhos postos nas espécies como forma de evitar o surgimento de novas pandemias.

IDENTIFICAR OUTROS VÍRUS ATRAVÉS DOS MORCEGOS

Debaixo da mira dos cientistas estão, sobretudo, os morcegos, os únicos mamíferos voadores do mundo e que convivem com os mais diversos vírus e coronavírus  sem problemas.

Com o objetivo de identificar outros vírus que possam ser contagiosos para o ser humano, investigadores do Instituto Fiocruz, no Brasil, atravessam a floresta tropical para capturar morcegos e ajudar a previr a próxima pandemia. Ao analisar a propagação de doenças que estas espécies podem transmitir aos humanos, é possível elaborar planos que os impeçam de infetar a comunidade.

INVASÃO DOS HABITATS DAS ESPÉCIES POR SERES HUMANOS ORIGINA A PROPAGAÇÃO DE VÍRUS

Claro está que a investigação ainda não sabe qual o próximo vírus, nem de onde virá, mas a probabilidade de se tratar de uma doença transmissível por animais é cada vez mais considerada. Por todo o mundo, consideram que o mais provável é que outro vírus salte de um animal para um hospedeiro humano e encontre condições para se espalhar rapidamente pela comunidade.

Contudo, os investigadores afirmam que o comportamento humano, como a invasão dos habitats da vida selvagem, está a fazer com que os animais propagem rapidamente doenças para o Humano, devido, essencialmente, à perda de contacto. Segundo Kate Jones, Professora da University College London, “a perda de biodiversidade pode criar paisagens que aumentam o risco de contato humano-vida selvagem e aumentam as oportunidades de certos vírus, bactérias e parasitas se espalharem para as pessoas”. Salientando, “ecossistemas transformados por seres humanos com menor biodiversidade, como paisagens agrícolas ou plantações, estão frequentemente associados ao aumento do risco humano de muitas infeções.”

É, assim, fundamental analisar o impacto das espécies na transmissão de doenças infeciosas para o Homem. Perceber de perto o risco e as perspetivas de como novas doenças emergem, torna-se essencial para desenvolver sistemas de reconhecimento de padrões para prevenir doenças da vida selvagem.

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