O estudo “Signatures of increasing environmental stress in bumblebee wings over the past century: Insights from museum specimens” revela que as alterações climáticas estão a colocar as abelhas num stress intenso. A equipa de especialistas do Imperial College London e do Museu de História Natural de Londres analisaram quatro espécies de abelhas do Reino Unido – Bombus hortorum, Bombus lapidarius, Bombus muscorum e Bombus pascuorum – e puderam investigar a sua morfologia e possíveis sinais de stress experienciados ao longo do século XX.
O autor do estudo Andres Arce refere que o objetivo do mesmo foi “entender melhor as respostas a fatores ambientais específicos e aprender com o passado para prever o futuro.” Salientando que “esperamos ser capazes de prever onde e quando as abelhas estarão em maior risco e direcionar ações de conservação eficazes”.
O PORQUÊ DO STRESS DAS ABELHAS
De acordo com a investigação, há medida que os anos passavam, os níveis de stress eram superiores. A época de maior stress foi durante a segunda metade do século.
Os dados climáticos demonstram que em anos mais quentes e húmidos, as abelhas mostravam uma maior assimetria das asas. A alta assimetria das asas das abelhas sugere que sofreram stress durante o seu desenvolvimento.
As abelhas são os melhores e mais eficientes agentes polinizadores da natureza, responsáveis pela reprodução e perpetuação de milhares de espécies vegetais, produzindo alimentos e conservando o ambiente.
No entanto, o que muitos não sabem é que o número de abelhas está a diminuir drasticamente, devido à perda de habitats, ao uso excessivo de pesticidas, à agricultura intensiva, à poluição atmosférica e às alterações climáticas. Por estas razões, a vida sem as abelhas compromete a vivência dos seres humanos e dos animais no planeta.
É, desta forma, essencial estabelecer medidas para dinamizar os impactos deste flagelo no planeta. E o esforço deve ser coletivo, pois a vida humana depende das abelhas.