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Consumo de gás natural desceu e a energia elétrica aumentou em 2022

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De acordo com a ADENE – Agência para a Energia, em 2022, em Portugal, o consumo de gás natural desceu e o consumo de energia elétrica aumentou O estudo revelou que, no ano transato, foram consumidos 61 800 GWh de gás natural, menos 3,2%, e 50 374 GWh de energia elétrica, mais 1,8% do que no ano anterior.

CONSUMO DE GÁS NATURAL EM 2022

O mercado elétrico, que corresponde ao gás natural consumido nas centrais de ciclo combinado para a produção de eletricidade, foi responsável por 45,5% do consumo, sendo os restantes 54,5% destinados ao mercado convencional.

Segundo a Agência para a Energia, destaca-se, em relação a 2021, duas mudanças significativas no mix de importação de gás natural: o aparecimento em força de Trinidad e Tobago no mercado nacional e decréscimo de importação da Rússia que passou de uma quota de 13,2% em 2021, para 4,9% em 2022.

O ano 2022 também se caracterizou pela manutenção da baixa percentagem do gás importado através das interligações a Espanha (gasodutos), contudo, foi ligeiramente superior à verificada em 2021 (5,3%).

A Nigéria manteve a liderança das importações nacionais anuais com uma quota de 47,9%, seguindo-se respetivamente, os EUA (30,2%), Trinidad e Tobago com (9,0%) e o gás importado através das interligações com Espanha (6,5%).

CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA EM 2022

Quanto à energia elétrica, em 2022, Portugal consumiu 50 374 GWh, mais 1,8% do que no ano anterior.

As energias renováveis abasteceram 49,3% do consumo de eletricidade em Portugal, contra os 59,5% verificados no ano anterior. O saldo importador agravou-se, fixando-se em 18,1%, quase o dobro do verificado em 2021. 

A distribuição do abastecimento do consumo de eletricidade teve a seguinte desagregação por fonte: térmica não renovável 32,5% (essencialmente gás natural), eólica 25,4%, hídrica 12,5%, biomassa 6,5%, solar 5,0%.

O ano de 2022 caracterizou-se pela fraca produção hídrica que diminuiu 45,2% face ao período homólogo.

Estudos que permitem perceber, não só a forma como os portugueses têm vindo a consumir energias, mas também o impacto da conjuntura internacional, nomeadamente, as consequências da guerra da Rússia contra a Ucrânia nos padrões de consumo e na disponibilização de matérias-primas. Temas que devem ser olhados por todos com sentido de responsabilidade, pois a forma como consumimos tem grandes impactos não só económicos como ambientais. Sendo, por isso, necessário apostar na sensibilização ambiental para um consumo mais sustentado.