O Instituto Politécnico de Leiria lidera o inovador projeto DUVOPS – Digital Twins Heterogeneous Unmanned Vehicles Ocean Preservation System, recentemente aprovado com nota máxima pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Com um financiamento de cerca de 250 mil euros, esta iniciativa pretende transformar a monitorização e a proteção do território marítimo nacional através da utilização de veículos não tripulados e tecnologias digitais de ponta.
Liderado por António Pereira, professor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Politécnico de Leiria e investigador do CIIC – Centro de Investigação em Informática e Comunicações, o projeto visa o desenvolvimento de um protótipo funcional que integra Inteligência Artificial, Gémeos Digitais e Frotas Autónomas. O objetivo é criar um sistema mais eficiente e estratégico para a monitorização e intervenção no oceano.
“Para além de contribuir para a conservação dos oceanos, o DUVOPS representa um avanço significativo no conhecimento tecnológico e científico em sistemas autónomos e inteligência artificial. Esta iniciativa reforça a posição de Portugal na inovação aplicada à segurança e defesa marítima, dotando o país de capacidades avançadas para a vigilância e proteção do seu vasto território marítimo”, destaca António Pereira.
SOLUÇÃO INOVADORA POSSIBILITA A PROTEÇÃO DOS OCEANOS
O projeto DUVOPS surge na sequência do trabalho desenvolvido pelo projeto DBoids – Digital Twin Boids Fire Prevention System, financiado pela FCT em 2021 e ainda em curso. O DBoids foca-se na prevenção e combate a incêndios através do uso de algoritmos de controlo, gestão de frotas de drones e extração de informação, e serviu de base para o desenvolvimento da nova abordagem aplicada à segurança marítima.
A implementação do DUVOPS conta com a colaboração do INESC TEC – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, e do CINAV – Centro de Investigação da Marinha Portuguesa. O projeto envolve ainda entidades estratégicas da defesa e segurança marítima, como o Instituto Hidrográfico Português, o Centro de Experimentação Operacional Marítima (CEOM) e a Autoridade Marítima Portuguesa.
A Zona Franca Tecnológica ‘Infante D. Henrique’, em Tróia, foi escolhida como ambiente de ensaio do projeto, permitindo testar e validar as tecnologias em cenários reais. Esta infraestrutura oferece condições ideais para o desenvolvimento de soluções inovadoras aplicadas à proteção dos oceanos.
Com a aprovação do DUVOPS, Portugal reforça o seu papel na vanguarda da investigação científica e desenvolvimento tecnológico aplicado à segurança marítima. O projeto alia conhecimento académico, tecnologia de ponta e colaborações estratégicas para criar soluções inovadoras na monitorização e proteção do oceano, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e para a segurança das atividades marítimas.