Com a aproximação do ano letivo, as famílias portuguesas enfrentam novamente os custos elevados associados ao regresso às aulas. Entre manuais escolares, material, tecnologia e outros bens essenciais, o orçamento médio por criança ronda os 161 euros, valor que pode representar um verdadeiro desafio num contexto de inflação e aumento generalizado dos preços.
Mas há soluções. O consumo circular, assente na reutilização, reparação, partilha e revenda de produtos está a ganhar terreno como alternativa real e eficaz para reduzir despesas e promover um consumo mais consciente. Dados recentes da Wallapop, plataforma de compra e venda de produtos em segunda mão, demonstram como esta abordagem pode fazer toda a diferença no bolso das famílias portuguesas.
Reutilizar, vender, poupar: a fórmula resolvente do regresso às aulas
Segundo dados apurados pela Wallapop, 7 em cada 10 portugueses procuram dar uma segunda vida ao material escolar que já não utilizam, seja oferecendo a familiares e amigos, doando a bibliotecas e associações ou vendendo em plataformas de segunda mão.
Entre os que optam pela venda, quase 70% fazem-no com o objetivo de obter um rendimento adicional para suportar as despesas escolares do novo ano letivo.
Em média, os portugueses acreditam que podem ganhar até €70 com a venda de material escolar de anos anteriores – montante que sobe para os €100 no caso das gerações mais jovens, mais propensas a consumir de forma circular.
Além da venda, a procura por produtos em segunda mão está em crescimento. De acordo com os dados apurados pela Wallapop, 36% dos portugueses já compram material escolar em segunda mão por motivos orçamentais, enquanto 32% ponderam fazê-lo para poupar algum dinheiro.
Entre os artigos mais procurados e vendidos estão os manuais escolares (63,6% comprados / 63,3% vendidos) e os equipamentos eletrónicos, como portáteis e tablets (36% comprariam / 29,1% venderiam).
Ao conjugar a venda e compra de produtos em segunda mão, os portugueses podem reduzir o seu orçamento escolar até 73%, passando de €161 para apenas €43 por aluno. Nas gerações mais jovens, esse valor pode cair para impressionantes €13, representando uma poupança de 92%.
Uma nova equação para o regresso às aulas
As razões que levam os portugueses a equacionar um consumo circular neste regresso às aulas vão além do fator económico. 85% dos portugueses consideram-no pelo impacto ambiental da compra e venda de artigos em segunda mão, enquanto 48% dizem vender por acreditarem ser uma opção mais sustentável. 33,3% fazem-no para ganhar espaço em casa.
Numa altura em que cada euro conta, o consumo circular surge como uma forma inteligente, sustentável e económica de enfrentar os gastos escolares. Ao dar nova vida ao que já não se usa e ao optar por produtos em segunda mão, as famílias portuguesas conseguem não só poupar e rentabilizar os seus recursos, mas também educar os mais novos para um futuro mais consciente e sustentável.
