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XXX Jornadas de Educação Ambiental da ASPEA debateram os territórios e as políticas de proximidade

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No ano em que celebraram 30 anos, as Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental da ASPEA – Associação Portuguesa de Educação Ambiental reafirmaram a missão de promover a partilha de conhecimento, a atualização de práticas e a divulgação de trabalhos de investigação no campo da Educação Ambiental destacando o tema  dos “Territórios e Políticas de Proximidade: Desafios e Oportunidades”. A iniciativa teve lugar nas Caldas da Rainha, entre os dias 19 e 21 de abril, no Centro de Congressos da cidade e permitiu fazer um balanço das aprendizagens, das experiências e das partilhas que têm contribuído para o desenvolvimento do campo da Educação Ambiental em Portugal e na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e na Galiza.

Para Emídio Sousa, Secretário de Estado do Ambiente, que nestas jornadas realizou o seu primeiro ato público nas atuais funções, “estas jornadas são um alimento para cada um de nós, para depois, quando formos para a rua, sentirmos novamente fortalecidos. Por vezes até parece que o trabalho é inglório e, por isso, queria dar a importância dos trabalhos das organizações não governamentais que fazem um trabalho notável. Este desafio é de todos. Cada um de nós deve consciencializar-se do seu papel.”

XXX JORNADAS PEDAGÓGICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA ASPEA JUNTARAM GRANDE DIVERSIDADE DE ATORES QUE ATUAM NO CAMPO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Foi com grande sentido de missão, que na sessão de abertura, Joaquim Ramos Pinto, Presidente da ASPEA, realçou que “é um privilégio juntar nestas que são as XXX Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental uma grande diversidade de atores que atuam no campo da Educação Ambiental. Educadores, Educadoras, Especialistas, Técnicos e Líderes e defensores das causas socioambientais e que têm contribuído para as políticas de desenvolvimento de educação ambiental que impactam diretamente a qualidade de vida das nossas comunidades. O tema destas jornadas reflete a complexidade dos problemas ambientais que enfrentamos atualmente, assim como a urgência de pensarmos as diversas maneiras pelas quais podemos abordá-los e atuar sobre eles através da educação ambiental, valorizando os processos participativos que envolvem toda a sociedade, em especial os contributos dos mais novos no processo de tomada de decisão ao nível das políticas locais.” “Neste momento crítico da histórica é crucial que unamos em prol de um objetivo comum: proteger e preservar o nosso planeta, com e para as gerações presentes, deixando-nos aquela expressão “das gerações futuras”, mas com as gerações presentes, não deixaremos e nem deveremos prolongar que as soluções passem para as gerações futuras”, conclui.

Sentimento partilhado e reafirmado pelos diferentes oradores convidados para o arranque destas Jornadas: Joaquim Beato, Vice-Presidente do Município das Caldas da Rainha, Mário Branquinho, Diretor do Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, Sílvia Castro, Representante da Direção-Geral da Educação, Pedro Florêncio, Delegado Regional da Educação de Lisboa e Vale do Tejo, Francisco Teixeira, Diretor do Departamento de Comunicação e Cidadania Ambiental da Agência Portuguesa do Ambiente e José Manuel Alho, Vice-presidente do Conselho Diretivo da CCDRLVT, IP.

Joaquim Beato, Vice-Presidente do Município das Caldas da Rainha, salientou a importância do tema destas jornadas referindo que “o tema é extraordinariamente atual e importante e crucial para a continuidade daquela vivência que se chama: viver na terra e, portanto, viver neste planeta terra. A questão da educação que se aplica a tudo, não só ao ambiente, mas que se aplica, rigorosamente, à vivência de todas as áreas, de todos os dias, é para nós uma consciência.”

 “Redobro o meu entusiasmo no acolhimento destas jornadas, por aquilo que me liga ao tema, particularmente e pessoalmente. No meu percurso profissional, enquanto fundador do único festival de cinema ambiental em Portugal: o CINEECO, que celebra, este ano, igualmente 30 anos”, frisou Mário Branquinho, Diretor do Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha.

Já Sílvia Castro, Representante da Direção-Geral da Educação, destacou o papel dos jovens nas causas ambientais salientando que “é notável o desempenho e o entusiamo que, atualmente, os jovens têm vindo a desenvolver nestas causas ambientais e é muito bom que se desenvolva o conhecimento nestas áreas para evitar, às vezes, atitudes mais extremistas.”

“Vivemos num mundo onde a preservação do meio ambiente nunca foi tão urgente e essencial. É crucial entendermos que cada ação, por menor que seja, pode contribuir para um futuro sustentável para as gerações vindouras. A Educação Ambiental desempenha, na nossa perspetiva, um papel fundamental naquela que é a consciência coletiva dentro dos desafios ambientais que enfrentamos os dias de hoje”, esta foi uma das conclusões principais de Pedro Florêncio, Delegado Regional da Educação de Lisboa e Vale do Tejo.

Francisco Teixeira, Diretor do Departamento de Comunicação e Cidadania Ambiental da Agência Portuguesa do Ambiente, ao longo do seu discurso destacou a importância da ENEA – Estratégia Nacional de Educação Ambiental “a ENEA, de que Portugal dispõe desde 2017, continua a responder a eixos temáticos, prioridades e medidas que soubemos reconhecer e aqui estas jornadas reiteram importância. A ENEA e os seus princípios orientadores autenticam uma cidadania interveniente que capacita a sociedade para a ação informada e comprometida.”

Também José Manuel Alho, Vice-presidente do Conselho Diretivo da CCDRLVT, IP, reforçou a importâncias destas jornadas, referindo que “estamos aqui perante uma das características que têm de estar presente na educação ambiental: a persistência e a continuidade, independentemente dos atores, das instituições… A capacidade de não desistir e a certeza absoluta de que a educação ambiental não é um processo de ações pontuais, mas é algo que tem de ser continuado, tem de ser profundo e continuado.”

A sessão de abertura contou, ainda, com um momento artístico dinamizado pela Escola de Dança das Caldas da Rainha.

BALANÇO DAS XXX JORNADAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA ASPEA

O dia 19 de abril seguiu-se com painéis e mesas-redondas, nomeadamente, o Painel “Educação Ambiental: Territórios e Políticas de Proximidade”; as Mesas-redondas “Educação Ambiental no âmbito do protocolo ME / MAAC” e “Educação Ambiental nos Países e Comunidades de Língua Portuguesa: contributos para o VIII Congresso Lusófono de Educação Ambiental [REDELUSO]” e o final da noite foi marcado pelo “Eco Teatro” oferecido pelo Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha.

O segundo dia das XXX Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental foi um dia recheado de comunicações orais breves, oficinas, atividades fora de porta, que incluiu alguns dos projetos da ASPEA como o Projeto Rios, o Vamos Cuidar do Planeta!, VIRAL e XQ. EUJOY. O dia contou, também, com uma cerimónia de reconhecimento a todas as pessoas que contribuíram para a Associação, pela voz de Ana Matos Almeida, filha da cofundadora da ASPEA, Fátima Almeida e, ainda, com a presença da vereadora de Educação do Município das Caldas da Rainha, Conceição Henriques.

Além disso, foi marcado pela Entrega dos prémios do sorteio promovido por nós, Essência do Ambiente, onde foram premiados com o 1º lugar, Helena Deus, do Agrupamento de Escolas Amadora Oeste, com a oferta de uma candidatura aos Prémios Essência do Ambiente, com o 2º lugar, Sofia Jorge, da Cascais Ambiente, com a oferta de um espaço publicitário no blog Essência do Ambiente e com 3º lugar Manuel Nklongo, da CETAC – Centro de Ecologia Tropical e Alterações Climáticas, com a oferta de um jogo Eco Quiz.

O último dia das Jornadas foi dedicado às visitas e atividades com as comunidades locais. A Lagoa de Óbidos e a Reserva Natural Local do Paul de Tornada foram os locais escolhidos para as dinamizações.

O território das Caldas da Rainha, que integra o Geoparque Oeste, no âmbito da rede de Geoparques Mundiais da UNESCO, e que já é um Sítio RAMSAR, conforme a Convenção sobre as Zonas Húmidas, proporcionou uma excelente oportunidade para refletir sobre o papel dos participantes na valorização e preservação de locais de importância geológica e ecológica internacional. Sem dúvida dias de muita aprendizagem, conhecimento e reflexão, em prol do desenvolvimento sustentável do planeta.

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