O concurso Tree of Year, todos os anos, leva a que inúmeras pessoas fiquem mais conscientes da importância da natureza. Em causa está a preocupação que todos têm por estas espécies que representam os seus países. Desta forma, as comunidades locais unem-se e os países ficam orgulhosos das suas heranças naturais.
Para representar Portugal, nesta edição do Tree of Year, existem 10 árvores portuguesas a concurso. Depois dessa avaliação, a árvore portuguesa vencedora irá a concurso com árvores de toda a Europa, sendo nesta fase a eleição final para a Árvore do Ano 2022.
CONHEÇA AS ÁRVORES PORTUGUESAS A CONCURSO
- A Sobreira Grande (Alentejo)
- Guardião d´el Rei (Centro)
- Magnólia do Jardim da Casa da Criança D. Leonor (Centro)
- Malaleuca Armilaris da Quinta das Pratas no Cartaxo (Centro)
- O Esconderijo (Centro)
- O Metrosídero do Campo do São Francisco (Açores)
- Oliveira do Mouchão (Centro)
- Oliveira Milenar (Algarve)
- Oliveira Real (Algarve)
- Plátano Gigante da Quinta de Fôja (Centro)
A “Sobreira Grande”, do Alentejo, localiza-se no Vale do Pereiro. Entre os caminhos rurais da Aldeia ergue-se esta espécie que pelo seu porte alberga vida, desperta sentimentos e surpreende-nos com o diâmetro da copa, mas também pela forma como é querida, estimada e conhecida pela comunidade em que no verão a sua sombra dá guarida a homens e animais, acolhendo a coraria do rancho.
O “Guardião d´El Rei” é um exemplar isolado reconhecido como relíquia do arvoredo antigo da Mata Nacional de Leiria e tem resistido, ao longo dos anos, a desafiantes adversidades como é o caso do grande incêndio de 2017. Um notável pinheiro-bravo (“Pinus pinaster Aiton”), sementão centenário com mais de 200 anos e de grande porte, que simboliza esperança, resiliência e o renascimento do Pinhal de Leiria.
A “Magnólia do Jardim da Casa da Criança D. Leonor” é o ex-libris, enquadrado na Obra Social de assistência infantil, empreendida por Bissaya Barreto na sua terra natal. No esplendor da floração primaveril, a Magnólia é um monumento natural de grande beleza, num postal colorido de Castanheira de Pera.
A “Melaleuca Armilaris” é uma árvore de grande porte, de origem Australiana, e está situada na centenária Quinta das Pratas, no Cartaxo. Uma espécie que se acredita ter mais de 112 anos e que tem despertado interesse a investigadores de Botânica. Tem o tronco baixo e muito largo de onde saem longos e grossos ramos que envolvem um aconchegante abraço. Situa-se na tranquilidade de um espaço que tem sido palco de alegres encontros de crianças, jovens e seniores, ao longo de gerações.
Já o “Esconderijo” está inserido num imponente souto de castanheiros centenários, com cerca de 80 anos, que foi plantado no início do século XIII. Esta espécie é assim apelidada, uma vez que serviu, muitas vezes, de esconderijo às crianças que brincavam naquela mata.
O “Metrosídero do Campo de São Francisco”, com os seus 125 anos, foi testemunha silenciosa de inícios de namoro, abrigou crianças da antiga Escola Primária do Campo e deu e dá sombra aos peregrinos que acorrem, todos os anos, às festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres. Uma espécie considerada, desde 1960, pelo Engenheiro Silvicultor Estrela Rego, um exemplar de interesse público.
Na “Oliveira do Mouchão” pescadores reuniam-se junto à Oliveira e daí corriam para os pesqueiros. Diz-se que quem primeiro chegava ao Tejo, escolhia a Pesqueira do Mouchão, a melhor, daí a designação. Mais de três milénios fizeram dela testemunha silenciosa de Fenícios, de Celtiberos e de Romanos que se deliciaram com o seu azeite.
A “Oliveira Milenar” localiza-se no Morgado do Quintão, numa quinta em Estômbar. A propriedade foi fundada pelo Conde de Silves e está, atualmente, na posse dos seus descendentes. Há vinha, oliveiras milenares, amendoeiras e figueiras que a atual geração se compromete em preservar. Algumas árvores da quinta têm mais de 2000 anos.
A “Oliveira Real”, com mais de 2000 anos, é uma Oliveira que vive em Pedra d’el Rei, Tavira – Algarve. Plantada no tempo dos Romanos, assistiu à invasão dos Mouros e a várias batalhas. Anos se passaram e a espécie resiste, o seu tronco cresceu e ficou oco criando no seu interior uma “sala” circular. Foi classificada de interesse público, em 1984.
No jardim da Quinta da Fôja existe um Plátano Gigante. É o maior Plátano em Portugal e um dos maiores da Europa. Os historiadores da silvicultura acreditam que este plátano se encontra entre os primeiros que foram plantados nas últimas décadas de 600. Em 1939, foi classificado de interesse público.
Vote na sua árvore preferida! Cada pessoa só pode votar uma vez, mas tem a oportunidade de selecionar dois candidatos para a Árvore Europeia do Ano. A votação está a decorrer até 5 de janeiro, às 23h59. E o vencedor será anunciado a 6 de janeiro. Na última edição europeia foi a concurso, a representar o nosso país, o Plátano do Rossio, a árvore mais antiga classificada de interesse público portuguesa.