Espera-nos um cenário catastrófico se os humanos duplicarem as emissões de dióxido de carbono atmosférico, em relação aos níveis pré-industriais. O planeta acabará por sofrer com um aumento da temperatura entre 2,6°C a 3,9°C, de acordo com um novo estudo conduzido pelo Programa Mundial de Pesquisa Climática, e desenvolvido pela Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália. Este cenário preocupante, pode ainda levar a que três biliões de pessoas vivam em locais, com temperaturas quase não habitáveis, até 2070.
Este estudo baseia-se em três fatores fundamentais: as tendências verificadas no aquecimento global contemporâneo, os efeitos que podem atrasar ou acelerar as mudanças climáticas e as informações sobre o clima do passado.
A menos que as emissões de gases com efeito de estufa baixem, um grande número de pessoas viverá com temperaturas médias acima dos 29°C. Este acontecimento é considerado fora do nicho climático, uma vez que a sociedade não vivenciava esta ocorrência há 6.000 anos.
Os investigadores deste estudo usaram dados das projeções populacionais das Nações Unidas, o que revelou que, mesmo que os países cumpram o acordo climático de Paris, que mantem a aumento da temperatura abaixo dos 2,0°C, por considerar que qualquer aquecimento acima desse valor é um risco incomportável para a humanidade, o mundo caminhará para um aumento de 3,0°C, o que provocará alterações perigosas.
MINIFLORESTAS NO COMBATE ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS.
Uma nova aposta, para ajudar a combater estas mudanças climáticas, poderão ser as florestas Miyawaki, miniflorestas urbanas que trazem muitos benefícios para as comunidades e, uma opção bastante fiável para os ambientalistas. Estima-se que este oásis da biodiversidade possa remover 10 gigatoneladas de dióxido de carbono, até 2050.
Isto é apenas um exemplo de que se mudarmos mentalidades e padrões de comportamento podemos minimizar os impactos deste flagelo que é o aquecimento global, nos próximos 80 anos.