De acordo com o relatório da ONU “Fazer as pazes com a natureza”, a sociedade tem transformado a Terra num planeta cada vez mais inabitável devido à poluição, às alterações climáticas e à perda de biodiversidade. Só com cooperação e compromisso é que podemos prevenir eventuais catástrofes.
“Sem a ajuda da natureza, não iremos prosperar ou mesmo sobreviver”, alerta o secretário-geral da ONU, António Guterres, na apresentação do relatório. Segundo o mesmo, sem mudanças concretas ao nível da sociedade, da economia e da vida quotidiana, será impossível pensar num futuro viável.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) salienta que a este ritmo, o planeta arrisca-se a que aqueça mais de 3°C acima dos níveis pré-industriais até 2100 – falhando no Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento nos 1,5ºC.
Para a diretora-executiva do PNUMA, Inger Andersen, a COVID-19 “revelou a necessidade de uma mudança radical na forma como se vê e valoriza a natureza”, salientando a relação entre a saúde e o meio ambiente, o que pode “trazer uma mudança rápida e duradoura em direção à sustentabilidade para as pessoas e o meio ambiente”.
Atualmente, as metas ambientais não estão a ser cumpridas e as escolhas da comunidade global influencia e muito a sustentabilidade ambiental, uma vez que dois terços das emissões globais de dióxido de carbono estão direta ou indiretamente relacionadas com o dia-a-dia de cada família.
AS EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS ESTÃO INTERLIGADAS E DEVEM SER ENFRETENDAS EM CONJUNTO
Em concordância com o relatório, a análise interligada da crise ambiental aponta indicações concretas aos líderes mundiais e à sociedade mundial sobre que medidas tomar nas áreas da energia, dos transportes, alimentação ou da produção industrial. É necessário, assim, uma ação ambiciosa e coordenada entre governos, empresas e pessoas a nível mundial, de forma a caminharmos para um sistema económica global sustentável.