No mês em que assinala um ano, o Pacto Português para os Plásticos apresenta o “Roadmap 2025”. Trata-se de um documento estratégico coletivo que permitirá aos seus membros, através de um conjunto de atividades e respetivos resultados, no curto, médio e longo prazo, alcançarem as metas a que se propuseram até 2025. Apresenta ainda o papel de cada entidade, de forma individual, e de todos os membros, de forma coletiva para dar resposta a estes desafios.
De acordo com o documento “os membros do Pacto Português para os Plásticos estão a promover, de forma ativa, investimentos em soluções inovadoras de embalagens, que permitem acelerar a transição para uma economia circular para os plásticos em Portugal. Desde embalagens 100% recicláveis, a embalagens com 100% material reciclado, passando por modelos de reutilização de embalagens e técnicas avançadas de reciclagem, entre muitas outras inovações disruptivas”. O Pacto Português para os Plásticos “acredita e defende que os plásticos têm, e terão, um papel determinante na qualidade de vida e bem-estar da sociedade. Pelas suas características únicas – versatilidade, resistência, leveza, etc. – são materiais fundamentais para garantir as funções das embalagens. Para além disso, são económicos e, na maioria das vezes, a melhor opção a nível ambiental. Contudo, a forma linear como a sociedade tem utilizado os plásticos tem resultado num impacto negativo no ambiente, destacando-se a poluição dos oceanos. O problema da poluição dos plásticos é um problema gerado por todos nós, e todos nós temos um papel determinante para o resolver. Não podemos culpar o plástico! Temos sim de assumir a responsabilidade de utilizar este material de forma mais circular e sustentável, garantindo que nunca se converte em poluição. Esta é a ambição do Pacto Português para os Plásticos.”
Tendo em conta essa ambição, as metas estão traçadas: eliminar os plásticos de uso único considerados problemáticos e/ou desnecessários, garantir que 100% das embalagens são reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis e garantir que 70%, ou mais, das embalagens plásticas são efetivamente recicladas, através do aumento da recolha e da reciclagem, incorporar, em média, 30% de plástico reciclado nas novas embalagens de plástico e promover atividades de sensibilização e educação aos consumidores (atuais e futuros) para a utilização circular dos plásticos.
EMPRESAS E CONSUMIDORES SENSIBILIZADOS PARA A PROBLEMÁTICA DO PLÁSTICO
Esta iniciativa, encabeçada pela associação do setor dos resíduos Smart Waste Portugal, com o apoio do Ministério do Ambiente e da Ação Climática e da rede de Pactos para os Plásticos da Fundação Ellen MacArthur, tem como propósito minimizar as implicações que o plástico traz à vida no Planeta. Atualmente, são já cerca de uma centena de membros que uniram esforços nesta luta. Após um ano de implementação, conseguiram já definir uma lista de plásticos de uso único problemáticos e/ou desnecessários a eliminar até 2025 – que vai muito além do que é a legislação conhecida – alcançado assim a primeira das cinco metas a que se propuseram. Resultado positivo teve também a campanha “Vamos Reinventar o Plástico”, que através da sensibilização e educação ambiental chegou a milhares de consumidores e que agora entra na segunda fase. De uma forma simples e intuitiva é possível mostrar como todos podemos fazer a diferença e evitar que os plásticos se convertam em resíduos e poluição.