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Renováveis permitem poupar entre 300 e 30 mil euros em eletricidade

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Um estudo divulgado pela consultora Deloitte, realizado para a APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis, revela que, atualmente, optar por estas fontes de eletricidade permite aos consumidores poupar, anualmente, na fatura de eletricidade até 300 euros, no caso dos consumidores domésticos, e até 30 mil euros, no caso dos consumidores não-domésticos. De acordo com o estudo o “Impacto da eletricidade de origem renovável no preço suportado pelo consumidor em 2021”, no ano transato, sem a Produção em Regime Especial (PRE) Renovável, a eletricidade teria custado mais 88 euros por megawatt hora (MWh) no mercado grossista.

Desde 2016, a PRE renovável está a possibilitar poupanças acumuladas, que eram já da ordem dos 10,2 mil milhões de euros, no final do ano passado. Porém, esse ganho intensificou-se precisamente em 2021, com o valor anual de poupança mais elevado da última década de 2,6 mil milhões de euros.

O MIBEL, mercado elétrico em que Portugal e Espanha estão inseridos, assenta num modelo marginalista, o que significa que o preço da eletricidade é definido pela oferta de preço mais elevado necessária para satisfazer a procura. O aumento do preço do gás tem sido um fator com a grande contribuição para o aumento significativo dos preços da eletricidade produzida a partir desta fonte, levando outras tecnologias a obter a mesma remuneração.

PARLAMENTO EUROPEU QUER ELEVAR O CONSUMO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS

Consciente da importância deste tipo de solução energética e da necessidade urgente de se fazer ajustes ao modelo de consumo, o Parlamento Europeu pretende subir para 45% o consumo final bruto de energias renováveis na União Europeia, em 2030, face aos atuais objetivos de 32%, e em linha com a Comissão Europeia.

Com 418 votos a favor, 109 contra e 111 abstenções, os deputados europeus apoiaram a posição negocial de 45% com o Conselho e a Comissão sobre a revisão da Diretiva das Energias Renováveis, que faz parte do abrangente pacote legislativo “Fit for 55″ para reduzir as emissões de CO2 em 55%, até 2030, em comparação com os níveis de 1990.

Desta forma, os valores aprovados pelos deputados estão acima dos 40% propostos pelos países da União Europeia. Para Nicolás González Casares, deputado socialista e negociador da diretiva, “as energias renováveis são uma parte fundamental da solução para a escalada dos preços”. O mesmo apelou para a importância da redução não só da dependência dos produtos energéticos russos, mas também das importações de outros países.

Também como parte do pacote para reduzir as emissões de CO2, os deputados do Parlamento Europeu defenderam, com 469 votos a favor, 93 contra e 82 abstenções, uma atualização da Diretiva de Eficiência Energética, até 2030, para reduzir o consumo final de energia da U.E. em 40%, até 2030, e o consumo primário em 41,5%, em comparação com os níveis de 2007.

O Conselho, que representa os Estados-membros, concordou em reduzir o consumo final de energia em 36% e o consumo de energia primária em 39%. Uma redução de 40% poderia levar a uma redução de 740 milhões de toneladas de equivalente de petróleo (Mtep) no consumo final de energia e 960 Mtep no consumo de energia primária, de acordo com os cálculos do Parlamento.

Atualmente, as energias renováveis têm um custo marginal zero ou muito próximo disso o que contribui para a inserção de ofertas de eletricidade a um custo inferior no mercado, o que faz reduzir o preço em mercado diário. Torna-se, por isso, urgente estabelecer objetivos nacionais e vinculativos para ser possível implementar medidas a nível local, regional, nacional e europeu em diferentes setores, em prol de uma maior sustentabilidade ambiental.