Com o objetivo de desenvolver um projeto 100% português e ecofriendly, a Sociedade da Água de Monchique, a Fundação Mirpuri e a Universidade do Minho uniram-se e estão a desenvolver a primeira garrafa 100% compostável made in Portugal. Uma iniciativa que promete revolucionar a indústria e que é apresentada pela primeira vez ao mercado sob a forma de uma garrafa de Água Monchique.
A investigação da Universidade do Minho elaborou um protótipo que revolucionará para sempre a indústria dos bens de consumo e que promete ser um exemplo para o mundo: embalagens 100% biodegradáveis e compostáveis, substituindo as opções descartáveis e com longos períodos de decomposição.
João Bessa, Technology Manager da Interface Fibrenamics da Universidade do Minho não deixa de referir que este é um projeto bastante ambicioso “cujo desafio desde logo nos atraiu pela necessidade emergente de desenvolvimento de novas soluções sustentáveis para o futuro. Não apenas para as pessoas, mas também para a mãe natureza”.
A REVOLUÇÃO EM PROL DA SUSTENTABILADE AMBIENTAL DO PLANETA
“The Good Bottle” é, assim, um produto composto por uma base polimérica compostável em ambiente doméstico, e na sua composição contém algas que durante a degradação da garrafa servem de alimento para espécies marinhas. Apresenta uma taxa de biodegradabilidade de 74%, ao final de 45 dias, e em condições de compostagem controlada, e de 90% até 12 meses, dependendo das condições a que está exposta.
Vítor Hugo Gonçalves, CEO da Sociedade da Água de Monchique, salienta que “partilhamos com a Fundação Mirpuri valores e sobretudo uma visão comum na forma de olhar para o futuro do planeta pelo que o projeto “The Good Bottle” foi desde logo recebido e trabalhado pelas nossas equipas com elevado espírito de missão, acreditando que estamos a construir algo bem maior que nós e que poderá revolucionar a indústria mundial”.
Os investigadores avaliaram, ainda, a toxicidade aguda em ambiente marinho deste material usando peixes-zebra, o qual registou resultados excelentes em comparação com a registada com polímeros convencionais. O lado positivo é que como a composição da garrafa possui algas, as mesmas podem servir de alimento para espécies marinhas, durante o seu rápido processo de desintegração.
Para Paulo Mirpuri, Presidente da Fundação Mirpuri, refere que “esta é uma iniciativa pioneira e inovadora, que pretende liderar a mudança necessária, inspirando os mais diversos setores a oferecerem ao consumidor escolhas cada vez mais responsáveis e que não ameacem a sobrevivência das gerações futuras”.
Um excelente projeto que demonstra o seu papel na preservação dos ecossistemas e da biodiversidade do planeta. Uma verdadeira revolução no setor que promove o desenvolvimento sustentável.