Com um orçamento mensal de 150 euros para a mobilidade, Portugal está no topo da lista dos países que mais gastam mensalmente em mobilidade, estando acima da França (145€), Itália (135€), Alemanha (134€), Bélgica (128€) e Espanha (109€). Esta é uma das conclusões do primeiro barómetro de mobilidade da Europ Assistance, realizado pela Ipsos, nestes seis mercados. Este valor resulta da média de gastos em combustível, portagens, estacionamento, bicicletas, trotinetes e TVDE, excluindo o seguro automóvel, com um valor médio de 133 euros nos seis países onde foi realizado o inquérito. Este estudo mostra ainda que, em Portugal, e durante a semana, o meio de transporte mais utilizado continua a ser a viatura pessoal (37%). Andar a pé é o segundo meio de transporte mais comum (32%) e os transportes públicos surgem em terceiro lugar (15%). Ao fim de semana, acentua-se a mobilidade com viatura pessoal (40%) e cai a utilização de transportes públicos (8%). Este barómetro conclui, ainda, que as viaturas pessoais continuam generalizadas na Europa. Quase nove em cada dez europeus possuem um carro em casa. A maioria das viaturas são a gasolina e a gasóleo e os carros híbridos representam apenas 4%. |
OS PORTUGUESES TENCIONAM ANDAR MAIS DE TRANSPORTES PÚBLICOS E DE BICICLETA Este barómetro conclui, também, que, na Europa, com a pandemia da Covid-19 verificou-se um aumento de utilização de bicicletas pessoais e elétricas e andar a pé passou a ser uma prioridade. Estas mudanças nos hábitos de mobilidade são impulsionadas principalmente por motivos económicos e ambientais. Se a grande maioria dos europeus, ainda, conduz regularmente um carro, praticamente metade dos europeus utiliza também a bicicleta como alternativa de transporte, sendo as bicicletas elétricas adotadas por 1 em cada 5 pessoas. Quanto a intenções futuras, para além de andar a pé, os europeus pretendem usar mais o transporte público e a bicicleta, principalmente em Itália e Portugal. Com a pandemia também se registou uma diminuição na utilização de meios de transporte partilhados, nomeadamente car-sharing, boleias e transportes públicos. Por sua vez, a utilização dos meios de micro mobilidade intensificou-se. Cerca de um terço dos utilizadores de bicicletas passou a utilizá-las regularmente e pode mesmo dizer-se que as bicicletas conquistaram os europeus, com quase dois em cada três a possuírem pelo menos uma bicicleta em casa. MOBILIDADE E SEGURANÇA Portugal é o país com o valor médio anual de seguro automóvel mais baixo, onde os critérios de escolha são determinados principalmente pelo preço. Quatro em dez inquiridos manifestaram bastante interesse em ter um orçamento de mobilidade como alternativa, ao veículo de substituição em caso de imobilização do veículo decorrente de sinistro. Por outro lado, Portugal (49%) e Itália (53%) foram os países que manifestaram maior interesse num seguro baseado na proteção individual e não apenas a decorrente da utilização do veículo. A nível europeu o interesse neste tipo de seguro é de 43%, abaixo dos valores registados em Portugal e Itália. Já as medidas de segurança para utilizadores de bicicletas e scooters são ainda muito escassas. Dois terços dos utilizadores costumam usar capacete em bicicleta/scooters, um terço não usa nenhuma proteção e apenas um terço dos utilizadores tem certeza de estar coberto pelo seguro de assistência em viagem. Um estudo que vem demostrar a importância de se adequar os hábitos e comportamentos à realidade atual de cada país. Mas para que seja possível caminharmos rumo a um sentido mais verde é urgente que todos pensem como podem SER MESMO VERDES. |