Portugal em risco de ficar sem florestas

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Segundo as Estatísticas de Uso e Ocupação do Solo divulgadas, recentemente, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), baseadas na Carta de Uso e Ocupação do Solo, elaborada pela Direção-Geral do Território (DGT), Portugal, entre 2015 e 2018, registou alterações territoriais expressivas, traduzindo-se em saldos negativos nas áreas agrícolas, florestais, de pastagens e de matos, o que significa que está em risco de ficar sem florestas.

Contudo, em 2018, 65% da superfície do Continente era ocupada por área florestal e agrícola, registando as regiões Centro e Norte as maiores proporções de floresta e de área agrícola. Este valor conclui, ainda, que a floresta continua a ter uma enorme expressão territorial, em Portugal, embora, a área preenchida com floresta, pastagens e matos esteja a regredir exponencialmente. Estes dados alarmantes poderão afetar, diretamente, o meio ambiente se não forem contornados.

INCÊNDIOS FLORESTAIS NA CAUSA DA PERDA DE ÁREA FLORESTAL

Os incêndios florestais são os principais causadores da perda de área florestal, em Portugal. Este foi o alerta divulgado no último Inventário Florestal Nacional (IFN6) pelo Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural. No entanto, também a dinâmica dos ecossistemas florestais afeta, em muito, esta perda florestal.

O estado da floresta revela, ainda, que se perderam entre 56 e 140 quilómetros quadrados. Um cenário preocupante que precisa de ser ultrapassado, com a consciencialização por parte da comunidade para este grave problema ambiental.

As perdas das áreas florestais, em todo o território português, foram compensadas nas áreas agrícolas que registaram um acréscimo de 239.8 km2 de novas áreas. No entanto, as áreas florestais, de matos e de pastagens perdidas representaram um saldo negativo.

TERRITÓRIO PORTUGUÊS: DIVERSIDADE DAS ÁREAS DE OCUPAÇÃO

O último Inventário Florestal Nacional revelou, ainda, que, as florestas, os matos e os terrenos improdutivos ocupam 6.2 milhões de hectares, o que representa 69,4% do território nacional continental.

Em termos concretos, o Centro registou a maior proporção de área florestal, com cerca de 50,1%, a região Norte com a maior percentagem de área agrícola de 29,3%. E, por fim, a Área Metropolitana de Lisboa destacou-se pela maior fração de área de territórios artificializados, com cerca de 21,7% e de massas de água superficiais a representar 6,2%.

Estes valores precisam, urgentemente, de ser mudados. A implementação da educação ambiental e ações de reflorestação podem minimizar estes impactos nefastos para o meio ambiente, através da tomada de ações conscientes e responsáveis. É, por isso, determinante proteger o Planeta, antes que as próximas gerações fiquem comprometidas. Não nos podemos esquecer que estudos apontam para que 10 anos seja o limite que temos para proteger a biodiversidade da Terra.

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