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Politécnico da Guarda: plataforma torna negócios agrícolas mais sustentáveis

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O Instituto Politécnico da Guarda – IPG vai criar uma plataforma para tornar os negócios agrícolas dos territórios de baixa densidade e zonas rurais de montanha mais sustentáveis e competitivos, em parceria com pequenas e médias empresas (PME) da região, centros de investigação e instituições de ensino superior. O projeto Interior+, que alia a inovação e tecnologia às atividades turísticas e rurais, foi classificado em primeiro lugar entre treze projetos candidatos ao financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência – PRR para a revitalização de zonas rurais.

O contrato para a concretização do projeto, financiado em mais de 850 mil euros pelo PRR, foi assinado no Ministério da Agricultura e Alimentação, em Lisboa. A cerimónia contou com a presença da ministra da tutela, Maria do Céu Antunes, e do presidente do IPG, Joaquim Brigas.

Teresa Paiva, responsável pelo projeto e Docente do IPG afirma que “vamos desenvolver a primeira plataforma de promoção de inovação territorial agroalimentar – com base em tecnologias de monitorização, produção e gestão.” Salientando que “iremos iniciar este projeto com uma região modelo, que abrange os territórios do Minho, da Beira Interior e da Beira Alta, em que diferentes agentes do setor se reúnem para criarem medidas que ajudem a combater a fraca densidade populacional e empresarial nos seus territórios”.

Segundo Teresa Paiva, o Politécnico da Guarda irá capacitar empresários agrícolas para a utilização a plataforma. “Estas formações vão dotar as empresas de competências para monitorizar pastagens, produções agrícolas e animal, terem melhores condições de trabalho e para otimizarem os seus negócios de forma sustentável”, destaca.

 O QUE PERMITE A PLATAFORMA AOS NEGÓCIOS AGRÍCOLAS

Com recurso a instrumentos tecnológicos avançados – como drones, IoT (internet das coisas) e inteligência artificial –, a plataforma agrega informações úteis aos empresários agrícolas sobre características dos solos, dietas ajustadas para a criação de animais, otimização de recursos, necessidades dos consumidores, tendências de consumo e estratégias comerciais. Com esta plataforma, as empresas têm ao seu dispor um conjunto de dados que lhes permite adaptarem-se às necessidades do mercado e potenciar o valor dos produtos endógenos.

“Liderar este projeto fortalece o compromisso do Politécnico da Guarda em colocar a inovação e a investigação ao serviço da comunidade, estimulando o crescimento do tecido económico e social”, afirma Joaquim Brigas, Presidente do IPG. “O desenvolvimento das zonas de baixa densidade e transfronteiriças, como é o caso da região da Guarda, está a ser reforçado pela transferência de conhecimento da academia para as empresas, o que torna a nossa sociedade mais qualificada e preparada”, conclui.

Este projeto-piloto vem responder às necessidades das regiões cuja atratividade turística é fraca e a desertificação populacional é alta, mas o objetivo é extrapolar para outros setores de atividade. “A plataforma é uma ação para uma estratégia intersectorial para sermos mais eficientes, começando na agricultura até à restauração, numa perspetiva Farm-to-Fork (do campo para a mesa)”, afirma Teresa Paiva.

Além do Instituto Politécnico da Guarda estão envolvidas mais 14 entidades: Associação de Agricultores para Produção Integrada de Frutos de Montanha, Centro de Competências da Apicultura e da Biodiversidade – representado do Centro de Apoio Tecnológico Agro-Alimentar, CerFundão, InCubo – Incubadora de Iniciativas Empresariais Inovadoras, os institutos politécnicos de Castelo Branco e de Viana do Castelo, INIAV – Polo de Braga, Meltagus – Associação Apicultores Parque Natural Tejo Internacional, Monte Silveira Bio, O&C – Olive Company, Lda, Soprobeira, Quinta da Biaia, Gabriela Isabel Alves, Cereal do Vale e TeroMovigo – Earth Innovation.