“Quando falamos de alterações climáticas não podemos somente pensar nas próximas gerações. As gerações presentes já estão a sofrer e somos responsáveis por alterar as coisas de maneira a ter um melhor planeta no futuro”, salienta João Pedro Matos Fernandes, Ministro do Ambiente e da Ação Climática, na cerimónia de apresentação do projeto “Sistema de elevação de água para o túnel de Odeleite/ Beliche”.
De acordo com o mesmo, já restam poucas dúvidas da importância de atuar na mitigação e na adaptação das alterações climáticas. Sendo as medidas tomadas, até 2030, e o seu sucesso determinante para se garantir uma transição justa, verde e digital e uma economia com emissões zero na União Europeia e em todo o mundo.
A ocasião foi aproveitada, ainda, para dar conta aos participantes que o sul de Portugal é uma zona de seca severa, onde as adaptações têm que ser aplicadas. Para o chefe da pasta do Ambiente, os Estados-Membros da União Europeia estão alinhados com os desafios que a União Europeia se comprometeu, acreditando que as negociações na 26.ª Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, em Glasgow, serão cruciais, deixando claro que o regresso dos Estados Unidos da América ao Acordo de Paris é muito importante, mas que a União Europeia não quer perder a liderança neste processo.
Destaca ainda que “há cinco anos a União Europeia comprometeu-se na redução em 40% das emissões de CO2 antes de 2030. Cinco anos depois temos uma ambição muito maior”, dada a importância de se agir já para se conseguir a neutralidade em 2050.
Na cerimónia de apresentação do projeto revelou-se que os principais alvos sobre a ação climática do ponto de vista da mitigação, têm estado centrados na redução das emissões, na mobilidade sustentável ou nas energias renováveis, pelo que não existem objetivos específicos em matéria da biodiversidade. Sendo a Biodiversity Conference fundamental para que haja objetivos precisos no que toca à biodiversidade. O Ministro do Ambiente e da Ação Climática remata com um importante alerta “estou quase certo de que o próximo grande problema que vamos discutir a nível mundial será como recuperar a biodiversidade e como regenerar os nossos ecossistemas”.