Cada vez existem mais adeptos dos veículos elétricos e defensores de uma mobilidade mais sustentável, mas quando se fala em baterias de carros elétricos, ainda existem alguns mitos que importa esclarecer. “Nada como ter informação, para que nunca nos falte a bateria dos argumentos”. É o que afirma a PRIO – Combustíveis, Mobilidade Elétrica e Gás.
CONHEÇA OS PRINCIPAIS MITOS!
O MITO DA AUTONOMIA
É comum acreditar-se que a bateria dos carros elétricos tem pouca autonomia. Neste ponto, não há uma regra que se aplique a todos os veículos, porque a autonomia depende do modelo e da gama de carro elétrico que se escolhe.
Em 2010, a autonomia de um carro elétrico era, em média, de 150 km. Atualmente, já existem baterias que permitem que se percorram distância de cerca de 800 km, mas, em média, os novos modelos já percorrem distâncias de 400 Km.
O MITO DO TEMPO DE CARREGAMENTO
Muitos acreditam que a bateria de um carro elétrico demora demasiado tempo a carregar. Neste momento, nos postos de carregamento rápido, em menos de meia hora, é possível carregar a bateria de um carro elétrico com o equivalente a cerca de 100 km de autonomia. Num posto ultrarrápido, esse tempo reduz-se para apenas 5 minutos.
O sistema de navegação de alguns modelos de carros mais recentes já faz o cálculo de paragens necessárias para carregamento ao longo do trajeto. Isto permite uma melhor planificação das viagens e o fim da ansiedade em relação à autonomia.
O MITO DA BATERIA VICIADA
Tal como acontece com os veículos a combustão, é normal que os carros elétricos, com o passar do tempo, comecem a acusar o desgaste. É importante, no entanto, saber que as baterias dos carros elétricos são preparadas para que não percam a sua capacidade. Atualmente duram mais de dez anos, mantendo o seu rendimento praticamente inalterado.
À semelhança do que acontece com outros aparelhos eletrónicos, que possuem bateria de iões de lítio (como, por exemplo, os smartphones), as baterias dos carros elétricos devem, idealmente, ser mantidas numa faixa de carga intermédia. O excesso de carga, acima dos 80%, é nocivo, bem como deixá-las atingir menos de 25% ou 20%, ou mesmo chegar à descarga total.
O MITO DO RISCO DE EXPLOSÃO
O risco de explosão é comum quer aos veículos a combustão, quer aos veículos elétricos. Mas calma: isto ocorre em circunstância excecionais, como na eventualidade de um acidente violento.
Seja como for, um carro a combustão tem maior probabilidade de se incendiar do que um carro elétrico, porque as baterias destes últimos possuem mecanismos de arrefecimento.
O MITO DA NÃO RECICLAGEM
A bateria pode ter uma vida útil de até 30 anos, antes de ser reciclada. As baterias dos carros elétricos são fabricadas com recurso a metais pouco usuais. Esta é a razão pela qual não podem ser descartados da forma tradicional e a reciclagem destes componentes é mais dispendiosa e, por isso, menos praticada.
Na Europa, a maioria das baterias são enviadas para reciclagem para a Bélgica ou para a Alemanha, que possuem infraestruturas adequadas para a correta reciclagem do lítio que estas baterias contêm.
Muitas marcas de carros já possuem programas de reaproveitamento dos metais raros das baterias usadas, utilizando-os para produzir novas baterias. Têm, também, vindo a ser utilizados em baterias que já não são adequadas para veículos, para armazenarem energia produzida em edifícios ou pequenas comunidades.
É essencial cada vez mais desmistificar estes temas para que seja possível uma mobilidade futura mais sustentável. No entanto, optar pelos modos suaves (andar de bicicleta ou a pé) continuam a ser os mais eficazes.