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Microplásticos no fundo do mar são uma armadilha para as espécies

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De acordo com o novo estudo divulgado na revista Environmental Pollution “Systematic identification of microplastics in abyssal and hadal sediments of the Kuril Kamchatka trench”, a poluição plástica pode atuar no fundo do mar  como uma armadilha para todas as espécies circundantes.

Todos os anos vão parar aos oceanos milhares de toneladas de lixo plástico, pelo que se torna extremamente difícil rastrear todo o ambiente marinho, uma vez que as forças do oceano degradam o plástico e transformam-no em pequenos fragmentos denominados de microplásticos

Contudo, embora estes sejam difíceis de monitorizar, uma vez se se movimentam rapidamente pelo oceano, este estudo vem demonstram que as avalanches subaquáticas podem levar os microplásticos para grandes profundezas, desenvolvendo-se no fundo do mar.

INVESTIGADORES ENCONTRARAM 15 TIPOS DIFERENTES DE PLÁSTICO NO FUNDO DO MAR

De forma a analisar o impacto dos microplásticos no fundo do mar, investigadores do Instituto de Pesquisa Senckenberg da Alemanha e do Museu de História Natural de Frankfurt recolheram oito amostras de sedimentos de variadas profundezas no Noroeste do Oceano Pacífico, em Kuril Kamchatka.

As amostras foram tiradas de quatro estações em profundidades de 5.143 m, 6.065 m, 7.138 m e 8.255 m, com os conteúdos estudados através de uma forma de espectrometria. Desta forma, foi possível concluir que existem 15 tipos diferentes de plásticos, os mais usados em embalagens, nomeadamente o polipropileno  e o polietileno.

Segundo os investigadores, todos os microplásticos encontrados pertenciam a fragmentos muito pequenos, mas esta investigação foi a peça que faltava para melhorar as estimativas de plásticos nos oceanos.

Através deste estudo foi possível perceber o verdadeiro impacto dos microplásticos no fundo do oceano em espécies, na biodiversidade e nos ecossistemas. Contudo, esta grave problemática ambiental pode ser solucionada se todos contribuirmos para a correta separação dos resíduos.  É crucial mudar comportamentos para as próximas gerações não ficarem comprometidas.