De 19 e 23 de junho decorreu o Primeiro Encontro Nacional de Mergulho Científico do MARE. Pensado para quem faz ciência debaixo de água, este evento contou com uma semana de apresentações, mesas redondas, debates e sessões de demonstração. Com a participação de autoridades locais e do Secretário Regional do Mar e Pescas, Teófilo Cunha, o evento juntou mais de 40 investigadores e mergulhadores de todo o país e com algumas figuras de destaque como o videógrafo premiado Nuno Sá e o historiador e arqueólogo da Universidade de Lisboa e membro da Academia da Marinha, Augusto Salgado.
Com duração de uma semana, o Primeiro Encontro Nacional de Mergulho Científico do MARE pretendeu ser palco para investigadores e mergulhadores de o todo o país apresentarem o seu trabalho, contextualizando o recurso ao mergulho científico nas suas atividades de investigação e monitorização.
ENCONTRO NACIONAL DE MERGULHO CIENTÍFICO PERMITIU A TROCA DE CONHECIMENTOS
Os participantes tiveram a oportunidade de apresentar os seus trabalhos, trocar conhecimentos, discutir metodologias, participar em demonstrações de metodologias e equipamentos bem como debater o papel e o futuro do mergulho científico. O evento teve, ainda, uma demonstração de Mergulho Virtual na metaverso Madalia World, sessões específicas do projeto HORIZON CLIMAREST: Coastal Climate Resilience and Marine Restoration Tools for the Arctic Atlantic basin; e do projeto INTERREG-Mac MIMAR+ Monitorização, Controlo e Mitigação de alterações nos ecossistemas marinhos da Macaronésia.
Com abertura pelo Secretário Regional do Mar, Teófilo Cunha, o encontro teve início com uma apresentação de Nuno Sá intitulada “O poder da imagem subaquática na promoção da conservação dos Oceanos” seguindo-se outros oradores convidados como: Frederico Almada, investigador do MARE e do ISPA e coordenador do programa Kids Dive, um programa pioneiro que usa mergulho para promover sensibilização e educação ambiental; Augusto Salgado, arqueólogo e historiador da Universidade Lisboa e membro da Academia da Marinha; Diogo Paulo, investigador e coordenador do centro de mergulho científico do CCMAR na Universidade do Algarve; David Jacinto, investigador do MARE e da Universidade de Évora, Miguel P. Pais, investigador do MARE e da Universidade de Lisboa e João Franco, investigador do MARE e do Politécnico de Leiria.
Para além das palestras, o evento teve um dia com mesas redondas dedicado à discussão sobre o papel do mergulho científico e o seu futuro em Portugal, e à discussão sobre as tendências e inovação em metodologias de para monitorização e restauração de habitats subaquáticos.
No dia 22, o evento promoveu um seminário e demonstração prática onde 20 participantes puderam ter contacto com técnicas de catalogação e cartografia em arqueologia subaquática. No último dia do encontro, a MARES e SSI promoveram uma demonstração dos seus sistemas de mergulho em circuito semifechado HORIZON, que permitem prolongar o tempo de mergulho e reduzir o ruído de baixo de água.
A decorrer no Hotel Pestana Carlton (Funchal), o Primeiro Encontro Nacional de Mergulho Científico do MARE realizou-se no âmbito das atividades de investigação, formação e divulgação de ciência. Teve a organização da equipa do MARE-Madeira, juntamente com investigadores de outras unidades regionais do MARE. Financiado pelo MARE e por diversos projetos em curso (HE-CLIMAREST, INTERREG-MAC MIMAR+ e PLASMAR+), o encontro teve o apoio do Grupo Pestana, dos centros de mergulho Madeira Divepoint e Porto Santo Sub, da MARES, da SSI, da Estação de Biologia Marinha do Funchal, da Câmara Municipal do Funchal, do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza e da Direção Regional do Mar.