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Maior desafio: reconciliar a biodiversidade com a economia

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As alterações climáticas devem ser vistas como uma oportunidade para potenciar a economia azul. Esta foi a principal conclusão da terceira edição do Blue Bio Value, um programa de aceleração que tem como missão fomentar uma economia mais azul. Durante esta edição, John Bell, membro da Direção-Geral de Pesquisa e Inovação da Comissão Europeia, considerou que reconciliar a biodiversidade com a economia será o desafio do próximo século.

Desta forma, a transição sustentável será o próximo passo para caminharmos para um futuro verdadeiramente mais sustentável. John Bell durante a sua intervenção refere que “as necessidades urgentes dos mares, rios e vias hídricas não estão a ser correspondidas numa altura em que as alterações climáticas ganham uma influência mais expressiva.” Salientando, “estes meios encontram-se em situações críticas e pedem que sejam apresentadas soluções inovadoras que mudem o destino das nossas águas e criem uma maneira de vivermos de forma sustentável.”

PACTO ECOLÓGICO EUROPEU:

UM CONTRIBUTO CHAVE PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Através de soluções ecológicas conseguiremos aumentar os níveis de biodiversidade, estimular a utilização eficiente dos recursos e reduzir, substancialmente, a poluição na Europa. Assim sendo, o Pacto poderá impulsionar esta transformação fundamental, potenciando a forma como trabalhamos com os recursos naturais.

Com vista à redução das emissões de dióxido de carbono em 55%, até 2030, e a atingir a neutralidade carbónica, até 2050, John Bell destaca a importância da cooperação entre países como chave para o desenvolvimento sustentável, uma vez que “dois terços dos oceanos no Planeta enfrentam uma crescente pressão provocada pelo aquecimento global e mais de um milhão de espécies enfrentam riscos de extinção.

BLUE BIO VALUE

Promovido pela Fundação Oceano Azul e pela Fundação Calouste Gulbenkian, o Blue Bio Value é um programa que apoia projetos e ideias que podem ser transformadas em oportunidades de negócio sustentáveis, contribuindo, assim, para uma nova economia assente na defesa e na preservação dos oceanos.

Nesta terceira edição, participaram startups com soluções e negócios relacionados com a descarbonização, o restauro de ecossistemas, a produção sustentável de algas, a dessalinização, a utilização de desperdício de atividades piscatórias e tantos outros projetos sustentáveis. Os vencedores receberão um prémio que poderá ir até aos 45 mil euros, para o desenvolvimento dos seus projetos.