Essenciais para os ecossistemas dos quais a humanidade depende, polinizando plantas, fornecendo alimentos e preservando o ambiente, os insetos estão, cada vez mais, a sofrer pela atividade humana, levando à sua extinção. De acordo com a investigação mais recente, “Insect decline in the Anthropocene: Death by a thousand cuts”, esta espécie enfrenta inúmeras ameaças, entre as quais a destruição de habitats selvagens, a urbanização, os pesticidas e a poluição.
Apesar de serem a espécie mais diversa e abundante na Terra, superando o Homem em 17 vezes, os insetos enfrentam graves ameaças devido, sobretudo, à crise climática. É, por isso, fulcral que sejam tomadas ações urgentes para evitar o risco de extinção dos insetos, apesar de se necessitar de mais dados analíticos.
FUTURO PREOCUPANTE PARA AS POPULAÇÕES DE INSETOS
Segundo esta investigação, a situação é bastante preocupante “devido a algumas populações de insetos estarem a aumentar, bem como outras a expandir-se à medida que o aquecimento global reduz as temperaturas do frio e outras populações a recuperarem-se do nível baixo conforme a poluição nos corpos de água é reduzida. “
Para David Wagner, Professor da Universidade de Connecticut nos Estados Unidos e principal autor desta análise, “a abundância de muitas populações de insetos está a cair entre os 1-2% ao ano, uma taxa que não deve ser vista como pequena. Perder 10-20% dos nossos animais numa única década é absolutamente assustador.”
A maioria das causas para o risco de extinção dos insetos é muito conhecida, mas ainda há uma incógnita sobre a mudança climática, que é o que mais assusta a investigação, uma vez que o aumento da variabilidade climática pode causar extinções de insetos a um nível nunca antes visto.
O mais alarmante é que “as libélulas e libelinhas podem secar até a morte em apenas uma hora, por causa da humidade estar muito baixa”, frisa David Wagner. Os insetos são extremamente sensíveis à seca, uma vez que são todos área de superfície e nenhum de volume.
É, assim, importante perceber a complexidade por trás do declínio dos insetos, visto que não há nenhuma solução rápida para solucionar este problema nefasto à humanidade. Esta é uma espécie que poderá estar a diminuir, significativamente, algures numa região e noutra não.
Os insetos são espécies que se podem recuperar facilmente se as condições gerais do Planeta assim o permitirem. Por isso, torna-se essencial a partilha destes novos estudos para analisar as consequências catastróficas para a sobrevivência humana e para a comunidade perceber a real magnitude dos insetos para o Planeta.