Com o objetivo de reduzir a quantidade de resíduos destinados a aterros sanitários e incineração, a Infralobo, empresa municipal do concelho de Loulé, apresentou o seu novo projeto – um sistema de recolha seletiva e valorização de biorresíduos. Esta iniciativa inovadora vai abranger mais de 3.000 famílias e vai permitir a separação, sem custos, dos resíduos orgânicos, promovendo uma maior sustentabilidade ambiental, rumo a um futuro smart.
O objetivo é estender o projeto a mais de 2.500 moradias em três fases: a primeira, durante o verão, que aconteceu com a entrega de kits e início de recolha junto dos clientes não domésticos; a segunda que irá decorrer em setembro com a entrega de cerca 300 kits para compostagem e a terceira e última fase em novembro, quando serão abrangidos os restantes 2.200 proprietários do resort, prevendo-se que sejam envolvidas neste projeto-piloto mais de 2.500 famílias.
KIT BIORRESÍDUOS DO PROJETO DA INFRALOBO
O kit contém um saco próprio e um pequeno contentor de 7 litros para acondicionar os biorresíduos que são depois depositados nos novos contentores castanhos instalados no resort ou recolhidos porta a porta. O contentor doméstico possui um chip para abrir automaticamente o contentor de rua, para que os biorresíduos sejam depois encaminhados para um centro de compostagem.
Os contentores coletivos onde os residentes podem depois colocar os seus biorresíduos serão instalados na Zona 9, Quadradinhos, Aldeamentos, Praça de Vale do Lobo, Avenida das Acácias, Ténis, Rua das Orquídeas, Pingo Doce, Avenida do Garrão, Mimosas, Quinta Jacintina e Ferrarias.
VANTAGENS DA COMPOSTAGEM DOS BIORRESÍDUOS
De acordo com o CEO da Infralobo, Carlos Manso, este é um projeto da maior importância para o resort, não só devido à redução dos impactos negativos que a produção de lixo tem no planeta, como por contribuir para uma maior consciencialização ambiental e sensibilização para o desperdício alimentar.
“Sabendo que perto de metade do lixo produzido pelas famílias pode ser regenerado e aplicado, quer na agricultura, quer para aproveitamento energético, faz-nos acreditar que podemos, efetivamente, melhorar o nosso comportamento ambiental, enquanto comunidade, de uma forma extremamente simples”, acrescenta Carlos Manso.
Entre as vantagens da compostagem está a diminuição da emissão de gases de efeito de estufa, ao evitar-se a decomposição de resíduos orgânicos em aterros sanitários, e a redução da dependência de fertilizantes químicos para o solo e as plantas, já que o composto pode ser usado como adubo, o que evita a utilização de substâncias nocivas ao meio ambiente e à saúde.
Os biorresíduos são o que resta da preparação das refeições e sobras de alimentos, como as cascas de fruta e legumes, de ovos, borras de café e pão, entre outros, compondo, em média, quase 37% do caixote do lixo da maioria das habitações. Estes resíduos, onde se incluem também os resíduos verdes de jardins, podem ser transformados em adubo ou fertilizante natural, através da compostagem, originando o composto. Esse produto pode ser usado como adubo orgânico na agricultura, jardinagem ou em hortas comunitárias.