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Conheça o impacto ambiental que o desporto traz ao planeta

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Deslocação de milhares de pessoas para um local, produção em massa de artigos com pouca durabilidade e grande exigência de recursos hídricos, no tratamento de campos, como os de golfe e futebol, são alguns dos fatores que contribuem negativamente para a sustentabilidade ambiental do planeta, segundo a DECO Proteste.

Por exemplo, nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, 100% da neve teve de ser gerada artificialmente. Já os campos de golfe do Algarve consomem 15 milhões de metros cúbicos de água, quase 20% do consumo urbano na região.

O IMPACTO AMBIENTAL DO DESPORTO REI: O FUTEBOL

O futebol não é exceção e pode verificar-se, isso mesmo, nos últimos três mundiais. O de 2010 na África do Sul, o de 2014 no Brasil e o de 2018 na Rússia. Estes causaram milhões de toneladas de CO2 lançadas para a atmosfera. Grande parte destas emissões foram provocadas pelo transporte de milhões de pessoas, como adeptos, atletas e staff.

Além disso, temos outro fenómeno: o da poluição. No final destes campeonatos é frequente estarmos expostos a inúmeros resíduos no chão, como copos e embalagens plásticas.

IMPACTO DO CICLISMO NO AMBIENTE

Algo que não se estaria também à espera é do impacto negativo que o ciclismo traz ao ambiente. Andar de bicicleta é uma excelente alternativa ecológica e uma opção verdadeiramente sustentável para a implementação de uma rotina eco-friendly.

No entanto, a nível competitivo, um estudo levado a cabo por uma das principais equipas de ciclismo, a nível mundial, a Deceuninck – Quick-Step, revelou que as emissões produzidas por tudo o que envolve o ciclismo de competição, em 2020, equivaliam a 179 voltas ao mundo, de carro. Isto se somarmos as deslocações dos atletas para todos os lugares onde se disputam as provas, o facto de a competição em si ser acompanhada por automóveis de apoio, entre outros fatores.

Mas é evidente que não podemos, nem devemos, deixar de praticar desporto. Por isso, é crucial que o Governo crie condições necessárias para tornar obrigatória a recolha seletiva, não só dos têxteis, já prevista para 2025, como também dos restantes resíduos gerados durante a prática de desporto, como bolas. A sensibilização e educação ambiental dos atletas, dirigentes técnicos e adeptos também é um passo fundamental. Ações que fariam a diferença na proteção do ambiente.