Os golfinhos, as baleias e os botos estão prestes a entrar em colapso, por causa dos seus habitats estarem poluídos, ocupados e serem, constantemente, sobreexplorados pelo Homem. Numa carta aberta, mais de 300 cientistas, que se dedicam a estudar os cetáceos, alertam que estas espécies correm um elevado risco iminente e real de extinção. Os investigadores salientam, ainda, que é inevitável que as espécies fiquem extintas uma após outra, durante a existência do ser humano.
A carta aberta, assinada por cientistas de 40 países, refere que existem 32 subespécies e outras populações distintas de cetáceos que estão, atualmente, em perigo e criticamente em risco. O grupo de investigadores destaca, também, que o Gargalo do Lahille, a espécie de Golfinho do Atlântico Sul Subtropical Ocidental, o Golfo de Golfinho-Comum e as Orcas do Estreito de Gibraltar podem estar a ser alvo de ameaça, uma vez que a sua população animal já está em perigo de extinção.
PRINCIPAIS MEDIDAS PARA TRAVAR A EXTINÇÃODESTAS ESPÉCIES MARINHAS
As mudanças climáticas, a perda de habitat, a poluição sonora e a captura acidental são as principais ameaças destas espécies marinhas. Desta forma, os investigadores apelam para que os países com cetáceos, nos seus mares, tomem, com urgência, medidas de precaução para garantir que estas espécies e populações sejam adequadamente protegidas pelas atividades humanas.
A implementação de processos de monitorização apropriados e com todos os recursos necessários é também uma medida que os cientistas aprovam, sendo crucial o incremento de tecnologias de monitorização, uma vez que estas oferecem outros benefícios na ótica da observação e controlo de todas as atividades no mar.
Por último, os investigadores afirmam que todas as nações devem trabalhar para fortalecer os órgãos internacionais que procurem enfrentar as ameaças dos cetáceos, sendo urgente eliminar os impactos da ação humana nestas espécies e populações marinhas.
A conexão do ser humano com a natureza é a componente chave para o bem-estar de todas as espécies animais. Os golfinhos, as baleias e os botos são apreciados por todo o mundo e são avaliados como espécies inteligentes, sociais e inspiradoras, pelo que é imperativo preservar as suas populações, para que no futuro as próximas gerações tenham a oportunidade de vivenciá-las. São estas as espécies que conservam a saúde dos mares, dos oceanos e dos principais sistemas fluviais.