Com os Santos Populares a aproximarem-se, relembramos a importância de implementar comportamentos sustentáveis para tornar estes festejos mais amigos do ambiente. Estas são umas das festas mais esperadas pelos portugueses, pelo que estabelecer hábitos ecológicos deve ser uma tarefa de todos, rumo a uma maior sustentabilidade ambiental.
FESTEJOS DE SANTO ANTÓNIO
Durante os festejos de Santo António, na noite de 13 para 14 de junho, Lisboa enche-se de cor, de decorações e de sardinha assada! Mas a sustentabilidade ambiental não pode ficar de parte.
E como todos podemos contribuir para a sensibilização e educação ambiental, quando for fazer as suas decorações para estes festejos lembre-se que estas devem ser amigas do ambiente.
Desta forma, faça os arcos, as fitas decorativas e os manjericos artificiais com materiais reutilizáveis. Certamente, o que não falta em sua casa são folhas de papel ou caixas de cartão. Pegue nesses materiais e desenhe o formato do produto que pretende. Depois basta recortar à medida e pintar a gosto. Não é muito difícil incrementar estes hábitos sustentáveis para os festejos de Santo António.
Por exemplo, nessa noite, em Lisboa, as marchas populares de cada bairro desfilam pela Av. Da Liberdade em direção ao Rossio, enchendo as ruas de centenas de figurantes, de música e de cor. De destacar o bairro de Alfama, Graça, Bica, Mouraria ou Madragoa. As roupas destas famosas marchas podem ser desenvolvidas usando o método de upclycling que reaproveita materiais, com criatividade e respeito pelo ambiente.
Mas as comemorações não se ficam pela capital, um pouco por todo o país, o Santo António é comemorado com muita diversão: Aljustrel, Alvaiázere, Amares, Cascais, Estarreja, Ferreira do Zêzere, Proença-a-Nova, Reguengos de Monsaraz, Vale de Cambra, Vila Nova da Barquinha, Vila Nova de Famalicão, Vila Real e Vila Verde.
FESTEJOS DE SÃO JOÃO
No Porto, a raiz da festa é muito idêntica à de Lisboa, tendo também muita animação, sardinha assada e cor, na noite de 23 para 24 de junho. Mas, nesta cidade, ainda há costumes diferentes. Existe a tradição do martelo de plástico para bater na cabeça dos companheiros.
Este ano, para tornar o São João um pouco mais sustentável sugerimos que volte aos bons velhos tempos e use o alho-porro, evitando, assim, o uso de plástico.
Sendo a festa principal da cidade, na invicta, os festejos de São João são feitos nos bairros mais tradicionais, como Miragaia, Fontainhas, Ribeira, Massarelos e outros. Também Braga tem uma grande tradição de celebrar este Santo Popular. Mas, tal como nos outros Santos Populares, as festividades estendem-se um pouco por todo o país: Alcácer do Sal, Alcochete, Almada, Almodôvar, Angra do Heroísmo, Armamar, Arronches, Calheta, Castelo de Paiva, Castro Marim, Cinfães, Figueira da Foz, Figueiró dos Vinhos, Horta, Lourinhã, Lousã, Mértola, Moimenta da Beira, Moura, Nelas, Santa Cruz das Flores, São João da Pesqueira, Tabuaço, Tavira, Valongo, Vila do Conde, Vila Franca do Campo e Vila Nova de Gaia.
E se vai celebrar o S. João perto da praia, torne a noite ainda mais especial e acabe este dia junto à praia a ver o nascer do sol ou para um banho matinal.
FESTEJOS DE SÃO PEDRO
A 29 de junho comemora-se, ainda, o São Pedro em várias localidades do país, como Alfândega da Fé, Bombarral, Castro Daire, Castro Verde, Évora, Felgueiras, Macedo de Cavaleiros, Montijo, Penedono, Porto de Mós, Póvoa de Varzim, Ribeira Brava, Ribeira Grande, São Pedro do Sul, Seixal e Sintra.
Nestes festejos, existem costumes como o de saltar à fogueira e oferecer à namorado/a pequenos vasos de manjerico, acompanhados de quadras escritas, que muitas falam de amor, ou não estivesse a origem destas festividades ligada ao solstício de verão e a antigos rituais de fertilidade.
Para acompanhar as quadras de amor, sugerimos que desenvolva postais com materiais reutilizáveis para que estes sejam verdadeiramente amigos do ambiente.
SEJA EM CASA OU NA RUA NÃO SE ESQUEÇA DE IMPLEMENTAR COMPORTAMENTOS SUSTENTÁVEIS
Celebrar os Santos Populares não é sinónimo de desleixo e, por isso, na hora de os celebrar não se esqueça de reutilizar as decorações do ano anterior, consumir produtos nacionais, provenientes de pesca sustentável e artesanal, reutilizar o mesmo copo durante a noite inteira, promover a separação de resíduos e, ainda, evitar as deslocações de carro.
Verdadeiras tradições que não podem ser perdidas. Mas é fundamental aliar as mesmas aos bons hábitos ambientais. O esforço deve ser coletivo e nestas alturas é possível que todos incrementem estes comportamentos para carminarmos rumo a uma maior sustentabilidade ambiental.