Com o objetivo de quantificar as microfibras têxteis retidas em processos de lavagem industrial, para impulsionar ações que visem a redução do seu impacto no oceano, a Fafedry, uma empresa de tinturaria e acabamentos para peças de vestuário, denim e têxteis-lar, sediada em Fafe, aposta no projeto CARE4Ocean que contribui para a redução de microfibras têxteis no mar. O projeto está a dar os primeiros passos, seguindo-se, posteriormente, a identificação de parceiros como universidades e centros tecnológicos para levar a ideia a novos horizontes.
Uma vez que a lavagem de tecidos é uma das principais fontes de poluição dos oceanos, a Fafedry com este projeto destaca a importância de se reduzir a poluição de microplásticos numa fase inicial do ciclo de vida dos produtos, submetendo-os a processos de lavagem industrial antes de os colocar à venda no mercado, deixando o desafio a grandes marcas de retalho.
UM PROJETO QUE IRÁ REDUZIR O IMPACTO DA INDÚSTRIA TÊXTIL NO AMBIENTE
De acordo com a empresa “estima-se que, anualmente, 3500 biliões de microfibras de plástico acabam no fundo do mar. Destas, cerca de 73% correspondem a poliéster proveniente da lavagem de têxteis, tendo sido detetada uma média de 40 partículas microplásticas por metro cúbico de água”.
“A indústria têxtil tem um grande desafio pela frente e nós queremos contribuir para reduzir a quantidade destas fibras que desaguam nos oceanos, prejudicando o futuro da vida na Terra”, alerta esta empresa do norte de Portugal, acrescentando que existem “vários estudos que demonstram que o Ártico está generalizadamente poluído por fibras microplásticas que derivam da lavagem de roupas sintéticas na Europa e na América do Norte”.
Este é um excelente exemplo de um bom posicionamento de uma empresa em prol de um futuro melhor para todos. Uma ação a seguir por outras empresas, pois o esforço pela construção de um planeta mais sustentável é de todos.