Cientes da importância crescente da consciencialização e educação ambiental e do papel que as empresas devem ter no âmbito de ações de responsabilidade ambiental, para garantirmos um futuro mais sustentável adotamos a Carta da Terra como um guia ético, passando agora a fazer parte deste movimento global para construir um mundo melhor. A Carta da Terra é um documento com dezasseis princípios que impulsionam um movimento global em direção a um mundo mais justo, sustentável e pacífico. A adesão a este compromisso é mais um passo para transformar a consciência em ação.
Agrupados em quatro pilares essenciais – “respeitar e cuidar da comunidade da vida”, “integridade ecológica”, “justiça social e económica” e “democracia, não violência e paz” – os princípios da Carta da Terra pretendem inspirar para um novo sentido de interdependência global e para uma responsabilidade partilhada pelo bem-estar da humanidade. Por isso, desafia a:
- Respeitar a Terra e a vida em toda a sua diversidade;
- Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor;
- Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas;
- Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações;
- Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida;
- Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução;
- Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário;
- Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido;
- Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental;
- Garantir que as atividades e instituições económicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma equitativa e sustentável;
- Afirmar a igualdade e a equidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência na saúde e às oportunidades económicas;
- Defender, sem discriminação, o direito de todas as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, concedendo especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias;
- Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes transparência e prestação de contas no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões, e acesso à justiça;
- Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável;
- Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração;
- Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.
Um dos maiores desafios dos tempos modernos é a preservação do ambiente com vista à sustentabilidade das gerações futuras. A comunicação e educação ambiental detêm, assim, um papel fundamental, decisivo e estruturante na consciencialização e na mudança comportamental de crianças, jovens e adultos. Criar hábitos e valores ambientais deve ser um trabalho constante e sólido, sendo por isso primordial incutir estas problemáticas desde a educação pré-escolar até ao setor empresarial.
“Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo se torna cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz.“ – Carta da Terra.