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Espécies exóticas invasoras ameaçam a biodiversidade a nível global

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De modo a sensibilizar para a necessidade de se reduzir, significativamente, o impacto das espécies exóticas invasoras nos ecossistemas terrestes e aquáticos e controlar ou erradicar as espécies prioritárias, o Centro de Ecologia Funcional, através da Invasoras, promoveu, de 10 a 18 de outubro, a 1º Semana Nacional sobre Espécies Invasoras (SNEI). Aumentar o conhecimento da população sobre esta problemática ambiental é essencial para minimizar o seu impacto.

A campanha de sensibilização decorreu de norte a sul do país, incluindo também os Arquipélagos da Madeira e dos Açores, e foram organizadas perto de 100 atividades. Entre outras iniciativas, foram desenvolvidas ações de controlo de espécies invasoras no terreno, workshops, palestras, percursos pedestres para mapeamento de espécies invasoras, monitorização da fenologia e do ciclo de vida de plantas e deteção de novas espécies prejudiciais à biodiversidade e aos ecossistemas da Terra.

MAIS DE 300 ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS EM PORTUGAL

De acordo com a legislação nacional, em Portugal, estão listadas mais de 300 espécies exóticas invasoras, entre plantas e animais, como é o caso da mimosa, do jacinto-de-água, da vespa-asiática, do lagostim-vermelho-do-Louisiana e da cortaderia selloana. Estas espécies prejudicam o meio ambiente, sendo elas a 5ª ameaça à biodiversidade, de acordo com a IPBES – Intergovernmental Platform on Biodiversity and Ecosystem Services.

Para mitigar os problemas nefastos que causam ao ambiente, é necessário que estas espécies sejam alvo de golpe e injeção de herbicidas, de descasque, de arranque, de corte e de controlo natural através dos inimigos, como insetos que causam bugalhos nos carvalhos, os gorgulhos que comem as sementes ou as larvas que comem folhas, de modo a reduzir o seu potencial reprodutivo.

Esta iniciativa reuniu vários investigadores do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC) e contou com a participação de diversas entidades, entre instituições públicas e privadas, associações, grupos informais, municípios, institutos de investigação e ensino superior, associações de defesa do ambiente e centros Ciência Viva.

Consciencializar a comunidade global para a necessidade de reduzir o impacto ambiental das espécies exóticas invasoras é essencial e TODOS NÓS temos um PAPEL fundamental na prevenção das invasões biológicas. É urgente, cada vez mais, sensibilizar a população em prol da conservação da biodiversidade da restauração dos ecossistemas.