O estudo “Impacto da COVID-19 na Sustentabilidade” revelou que as empresas não estão comprometidas com a sustentabilidade. Este estudo explorou domínios estratégicos essenciais como a descarbonização da sociedade, a promoção da transição energética, a circularidade da economia e a redução de riscos e valorização dos ativos ambientais. Estes domínios assentam em dimensões que permitem aumentar a resiliência no combate às alterações climáticas, melhorar a qualidade do ambiente e aumentar a segurança no uso sustentável dos recursos.
Para tal, foi desenvolvido um inquérito em empresas de vários setores, tentando-se perceber também qual a relação que as entidades têm com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O mesmo revelou que 48,7% das empresas inquiridas consideram o conceito muito importante, mas quando questionadas pormenorizadamente acerca da sustentabilidade ambiental das suas empresas 56,4% referem que não têm uma estrutura de governança formal.
Para além disso, o estudo veio demonstrar que 43,6% não têm um orçamento dedicado à sustentabilidade ambiental, salientando que existe reconhecimento da sua importância, mas não há comprometimento por parte das empresas.
COVID-19 E A SUSTENTABILIDADE DAS EMPRESAS
De acordo com o estudo, 48.7% das empresas consideram que a importância da sustentabilidade vai aumentar no pós-COVID-19, 41% das empresas não antecipam que o seu orçamento dedicado à sustentabilidade ambiental seja alterado, e 22,8% ainda não sabem responder a essa questão. No entanto, mais de metade das empresas afirmam acreditar que a sustentabilidade ambiental será um fator competitivo no pós-COVID-19, sendo que a maioria das empresas aponta já medidas a adotar: aumentar o foco da sustentabilidade nos seus produtos e serviços, bem como fomentar a redução do desperdício.
Cerca de 2 em cada 3 empresas inquiridas afirmam estar preparadas para o mundo pós COVID-19 e os seus desafios, refletindo o otimismo do tecido empresarial.
Como conclusão, o estudo demonstra que ainda há um longo caminho a percorrer em relação à sustentabilidade ambiental, ainda que a pandemia tenha ajudado a acelerar essa transição. As empresas estão mais conscientes das alterações climáticas e entendem que é urgente uma transição verde, justa e circular. Contudo, são precisas medidas para promover iniciativas internas e recursos de forma a estimular essas alterações. O planeta precisa de todos para sobreviver!