De forma a melhorar a eficiência energética das empresas do setor agrícola, a EDP – Comercial analisou os padrões de consumo energético, a distribuição geográfica e as condições de cada terreno para a instalação de painéis solares e calculou o potencial solar do setor agrícola nacional. Desta forma, a entidade concluiu que existem condições para que muitos agricultores possam produzir até um terço da energia de que necessitam a partir desta fonte renovável.
Este estudo, realizado a mais de 2.100 empresas do setor agrícola, constatou que estas podem poupar até 40% na eletricidade com soluções de energia solar. Contudo, para tornar possível a transição energética, a EDP – Comercial e a CAP – Confederação de Agricultores de Portugal celebraram uma parceria.
POTENCIAL DAS EMPRESAS DO SETOR AGRÍCOLA
As mais de 2.100 empresas do setor analisadas têm potencial para produzir cerca de 114 GWh/ano em eletricidade limpa. Para isso, segundo a EDP, bastaria utilizar cerca de 21 hectares por todo o país, entre terrenos agrícolas, coberturas de edifícios e de parques de estacionamento.
Encontrar formas de controlar os custos com energia e aumentar a produção renovável é cada vez mais importante para o setor, já que desde o final do século passado duplicou a energia elétrica necessária para o ciclo produtivo da agricultura.
Graças a esta parceria com a CAP, vão ser desenvolvidos novos estudos individuais para cada um dos agricultores, que podem optar por investir nas suas próprias centrais ou escolher um modelo em que a gestão e a manutenção são asseguradas pela EDP, sem necessidade de investimento.
OBJETIVOS DA EDP PARA A SUSTENTABILIDADE DO PLANETA
Apoiar o crescimento da produção de energia solar em casas e empresas é um dos pilares da EDP e será determinante para que as metas do Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC 2030) sejam cumpridas, uma vez que se prevê um aumento de 3% para 27% do papel da energia solar fotovoltaica na produção nacional, já no final da década.
Este crescimento será, também, determinante para atingir a neutralidade carbónica com que o país se comprometeu, tendo em conta que este setor ainda emite cerca de 10% do CO2 registado em Portugal, apesar de ser uma das atividades que mais contribui para a captura das emissões.
Tendo como objetivo liderar a transição energética em Portugal, a EDP está a fazer diagnósticos aos diferentes setores de atividade económica, de forma a calcular o potencial solar de cada um. Neste primeiro estudo, o período médio de retorno deste investimento é de apenas seis anos, podendo vir a ser menos, consoante um estudo mais aprofundado a cada uma destas empresas.
Um passo significativo para reduzir a dependência da rede elétrica, uma vez que optar por produzir energia solar pode evitar a emissão de mais de 28 toneladas de CO2, por ano, na agricultura.