De forma a dar resposta à crescente procura de produtos sustentáveis por parte dos clientes e consumidores, a DS Smith está a estudar a possibilidade de utilizar fibras de algas como matéria-prima para fabricar papel e produtos de packaging. Após vários testes, a entidade percebeu o grande potencial das algas de forma a eliminar os plásticos, atuando como um revestimento de barreira para substituir o packaging à base de derivados de petróleo, utilizado até agora para proteger muitos produtos alimentares.
Desta forma, a DS Smtih está a analisar com empresas de biotecnologia possíveis utilizações das fibras de algas numa gama de produtos de packaging, incluindo caixas, invólucros de papel e tabuleiros de cartão.
Thomas Ferge, Paper and Board Development Director da DS Smith, refere que “a nossa investigação em matérias-primas e fontes de fibra alternativas tem potencial para ser uma real mudança de cenário para os nossos clientes e consumidores, que cada vez mais exigem produtos fáceis de reciclar e com um impacto mínimo no ambiente.” Salientando, “as algas são um dos muitos materiais naturais alternativos que estamos a analisar atentamente e, embora a maioria das pessoas as associem à praia ou a um ingrediente do sushi, para nós podem ter aplicações muito interessantes que nos ajudem a criar a próxima geração de soluções sustentáveis de papel e packaging”.
APLICAÇÕES DAS ALGAS NO PACKAGING
A economia circular está no centro da estratégia de sustentabilidade ‘Now and Next’ da DS Smith. Assim, esta entidade está focada em proteger os recursos naturais tirando o máximo proveito de cada fibra, reduzir os resíduos e a poluição através de soluções circulares e capacitar as pessoas para liderar a transição para uma economia circular. Até 2023, a DS Smith pretende produzir packaging 100% reutilizável ou reciclável e tem como objetivo que todo o seu packaging seja reciclado ou reutilizado até 2030.
Este projeto com fibras naturais inclui também outras matérias-primas naturais inovadoras, tais como palha, cânhamo, miscanthus e algodão, bem como fontes mais invulgares, como a planta de copa (silphium perfoliatum) e resíduos agrícolas, nomeadamente cascas de cacau ou bagaço de cana-de-açúcar (a fibra de celulose resultante do processamento da cana-de-açúcar).
Uma excelente iniciativa que poderá tornar a DS Smith pioneira no setor na utilização de algas como fibra alternativa à madeira no seu packaging. Exemplos que fazem a diferença na proteção do ambiente. Mas o esforço deve ser coletivo!