Em toda a Gronelândia, cerca de 7 biliões de toneladas de água foram libertadas das nuvens. De acordo com os cientistas da estação de pesquisa da Fundação Nacional da Ciência, dos Estados Unidos, a chuva que se fez sentir pela primeira vez no pico da calota polar, na Gronelândia, é um sinal claro das mudanças climáticas e do pior que está para vir.
A chuva caiu durante três dias extremamente quentes, quando as temperaturas eram 18ºC mais altas do que a média em alguns lugares. Como resultado, o derretimento de gelo foi visto na maior parte da Gronelândia, numa área de cerca de quatro vezes o tamanho do Reino Unido.
A INVESTIGAÇÃO E AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) concluiu que era evidente que as emissões de carbono das atividades humanas estavam a aquecer o planeta e a causar consequências como o derretimento do gelo e a subida do nível do mar.
E foi exatamente isso que aconteceu, o ar quente foi empurrado sobre a Gronelândia e mantido por lá. Esses bloqueios de ar não são incomuns, mas parecem estar a tornar-se, cada vez, mais graves e frequentes.
De acordo com os investigadores, o gelo na Gronelândia está a derreter mais rápido do que em qualquer outro momento nos últimos 12.000 anos. Desta forma, o nível do mar já subiu 20 centímetros e o IPCC refere que a variação provável até o final do século era de mais 28-100 centímetros, embora pudesse ser 200 centímetros.
Este abrupto fenómeno tem impactos severos tanto na sobrevivência de espécies como na vida humana. Um cenário catastrófico que afetará o planeta de forma irreversível. É, desta forma, essencial proceder à implementação de medidas concretas para fazer face a esta problemática ambiental. Mas o esforço deve ser coletivo, para juntos caminharmos num sentido mais verde.