Cristina Calheiros, Investigadora do CIIMAR e Coordenadora do CMIA de Vila do Conde, foi nossa convidada na rubrica Essência do Ambiente, no Porto Canal. Em destaque esteve o projeto “VALSAR – Valorização do Sargaço da Costa Litoral Norte”, desenvolvido pelo UC MAR da Universidade de Coimbra, que está a ser implementado nos Municípios de Vila do Conde e Póvoa de Varzim.
Trata-se de um projeto que tem como principais objetivos caracterizar taxonómica, química e bioquimicamente o sargaço da Costa Litoral Norte, avaliar o seu potencial como biofertilizante ou bioestimulante e desenvolver um substrato fertilizante à base de sargaço para aplicação em agricultura. Pretende, também, avaliar o efeito dermatológico e terapêutico dos compostos bioativos extraídos do sargaço e potencial aplicação na indústria cosmética e/ou farmacêutica e promover e disseminar o trabalho desenvolvido e os resultados obtidos, assim como, a história e tradição do sargaço da Costa Litoral Norte e as suas potencialidades.
O sargaço, também denominado por argaço ou limos na costa litoral norte, é uma mistura de diferentes algas (Saccorhiza, Laminaria, Fucus, Codium, Palmaria, Gelidium e Chondrus) que crescem nas plataformas rochosas e são desprendidas dos rochedos com o movimento das ondas, depositando-se na beira-mar. Este constitui uma mistura orgânica muito rica que permite a fertilização e o aumento da produtividade agrícola de terrenos costeiros arenosos. A apanha de sargaço e o seu uso na agricultura remonta à Idade Média, tendo sido uma atividade económico-social consideravelmente importante no Litoral Norte, entre Viana do Castelo, Póvoa do Varzim e Vila do Conde. No entanto, atualmente, é uma prática quase extinta.
Cristina Calheiros destaca que “já desde a Idade Média que há a apanha do sargaço. Hoje é uma prática que está praticamente extinta e, por isso, é que faz todo o sentido este projeto para dar-lhe uma nova vida e incentivar as empresas e as populações para olharem para estas algas de uma forma diferente.”
O projeto tem, ainda, metas a atingir, nomeadamente, no que diz respeito à dinamização de atividades pedagógicas sobre o sargaço e as suas potencialidades, assim como a participação em eventos locais, regionais ou nacionais relacionados com o setor do mar, agricultura ou cosmética e farmacêutica para promoção do projeto e divulgação de resultados e a publicação dos resultados objetivos em revistas científicas internacionais.
Um excelente projeto que promove a importância da preservação dos recursos naturais e dos seus benefícios não só para o ambiente mas também para a sociedade e para a economia. A importância da educação e da sensibilização ambiental na preservação de tradições e da nossa história associadas às questões ambientais para que as mesmas possam, ainda hoje, ser mote de investigação científica e base de novos projetos de empreendedorismo e inovação são características chave a destacar neste projeto ambientalmente responsável.
A nossa rúbrica…
Fiquem atentos!
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Cristina Calheiros, Investigadora do CIIMAR e Coordenadora do CMIA de Vila do Conde, foi nossa convidada na rubrica Essência do Ambiente, no Porto Canal. Em destaque esteve o projeto “VALSAR – Valorização do Sargaço da Costa Litoral Norte”, desenvolvido pelo UC MAR da Universidade de Coimbra, que está a ser implementado nos Municípios de Vila do Conde e Póvoa de Varzim.
Trata-se de um projeto que tem como principais objetivos caracterizar taxonómica, química e bioquimicamente o sargaço da Costa Litoral Norte, avaliar o seu potencial como biofertilizante ou bioestimulante e desenvolver um substrato fertilizante à base de sargaço para aplicação em agricultura. Pretende, também, avaliar o efeito dermatológico e terapêutico dos compostos bioativos extraídos do sargaço e potencial aplicação na indústria cosmética e/ou farmacêutica e promover e disseminar o trabalho desenvolvido e os resultados obtidos, assim como, a história e tradição do sargaço da Costa Litoral Norte e as suas potencialidades.
O sargaço, também denominado por argaço ou limos na costa litoral norte, é uma mistura de diferentes algas (Saccorhiza, Laminaria, Fucus, Codium, Palmaria, Gelidium e Chondrus) que crescem nas plataformas rochosas e são desprendidas dos rochedos com o movimento das ondas, depositando-se na beira-mar. Este constitui uma mistura orgânica muito rica que permite a fertilização e o aumento da produtividade agrícola de terrenos costeiros arenosos. A apanha de sargaço e o seu uso na agricultura remonta à Idade Média, tendo sido uma atividade económico-social consideravelmente importante no Litoral Norte, entre Viana do Castelo, Póvoa do Varzim e Vila do Conde. No entanto, atualmente, é uma prática quase extinta.
Cristina Calheiros destaca que “já desde a Idade Média que há a apanha do sargaço. Hoje é uma prática que está praticamente extinta e, por isso, é que faz todo o sentido este projeto para dar-lhe uma nova vida e incentivar as empresas e as populações para olharem para estas algas de uma forma diferente.”
O projeto tem, ainda, metas a atingir, nomeadamente, no que diz respeito à dinamização de atividades pedagógicas sobre o sargaço e as suas potencialidades, assim como a participação em eventos locais, regionais ou nacionais relacionados com o setor do mar, agricultura ou cosmética e farmacêutica para promoção do projeto e divulgação de resultados e a publicação dos resultados objetivos em revistas científicas internacionais.
Um excelente projeto que promove a importância da preservação dos recursos naturais e dos seus benefícios não só para o ambiente mas também para a sociedade e para a economia. A importância da educação e da sensibilização ambiental na preservação de tradições e da nossa história associadas às questões ambientais para que as mesmas possam, ainda hoje, ser mote de investigação científica e base de novos projetos de empreendedorismo e inovação são características chave a destacar neste projeto ambientalmente responsável.
A nossa rúbrica…
Fiquem atentos!
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No dia em que se assinalou o Dia Mundial do Ambiente e o 3º aniversário do blog Essência do Ambiente, 5 de junho, foram conhecidos os vencedores dos Prémios Essência do Ambiente.A cerimónia decorreu de forma intimista no Centro de Educação Ambiental da Quinta do Passal, em Gondomar.
- Categoria Boas Práticas – “Reutilização de Águas Residuais Tratadas em Contexto Escolar”, Câmara Municipal de Loulé
- Categoria Educação Ambiental – “Roupas Usadas não estão acabadas”, Sarah Trading
- Categoria Sensibilização Ambiental – “Desafio da Água – Poupança sem Fronteiras”, da Águas do Algarve
- Categoria Responsabilidade Social e Ambiental – “Marita Moreno Sustainable Concept Store”, Marita Moreno
- Categoria Investigação – “Greenfishing Port”, UCMar, da Universidade de Coimbra
Os Prémios Essência do Ambiente, promovidos pelo Departamento de Comunicação e Educação Ambiental da Essência – Comunicação Completa, pretendem mostrar que Portugal está no caminho de uma Economia Circular e Sustentável, destacando junto da sociedade civil projetos de elevado mérito. A iniciativa contou com a parceria da Pro.Comunicação, do Porto Canal e do Município de Gondomar.
MERCADO VOLUNTÁRIO DO CARBONO EM PORTUGAL:
UMA OPORTUNIDADE ÚNICA!
Durante o evento foi, ainda, possível assistir a um debate sobre o “Mercado Voluntário do Carbono em Portugal: o impacto social, económico e ambiental”, cujo painel contou com as intervenções de Isabel Soares, Full Professor/EMERITUS Professor da Universidade do Porto, Horácio Reis e Rita Brandão, da Omnitalentum – Energia e Ambiente.
Iniciando com a reflexão se faz sentido um Mercado Voluntário de Carbono em Portugal, Isabel Soares reforça que “não só faz sentido, como devia estar cá há muito tempo”. Porque “o que está em causa é algo fundamental. Os projetos prioritários são projetos da floresta. Assim, com este objetivo do sequestro de carbono nós vamos conseguir atingir muitos outros objetivos também: vamos ordenar o território, valorizar a floresta e criar riqueza. Esta é uma oportunidade única”.
Considerando a “metodologia de avaliação de comprovação fundamental para o sucesso deste mercado”, Isabel Soares salientou a necessidade da Agência Portuguesa do Ambiente apostar em “técnicos com experiência e que ouçam as experiências internacionais para ser possível fazer afinações no sistema. A metodologia de avaliação internacional e os algoritmos de medição têm evoluído muito a nível internacional, mas é preciso sempre fazer afinações de país para país”.
Opinião partilhada por Horácio Reis que considera que “Portugal tem uma oportunidade que não deve ser desperdiçada e que é a tecnologia e o algoritmo que vão dar uma segurança metodológica que garanta a reputação dos seus intervenientes.” Mas para que esta seja uma realidade é fundamental “pôr as universidades de acordo. Criar um comité de ciência que faça com que o algoritmo seja aceite por todos e aplicado de forma coerente”.
Na sua intervenção Rita Brandão deixou o alerta que “há muitos desafios que têm de ser ultrapassados. Cerca de 90% destes territórios são privados e saber quem são os proprietários é um desafio enorme. Mesmo que se consiga identificar que são, depois é necessário que as pessoas percebam que aderir a este mercado é um passo positivo”. Mas se bem implementado será algo muito positivo. “O interior é muito subdesenvolvido e negligenciado e o Mercado Voluntário de Carbono vai gerar um grande impacto nas comunidades”.
“No entanto, não nos podemos esquecer que se trata de um mercado acima de tudo reputacional e para emissões residuais. As empresas têm de implementar ações dentro da sua própria cadeia de valor para mitigar as emissões de gases com efeito de estufa. E esse é o principal objetivo” salientou. Reforçando que “este mercado vai introduzir uma vontade de participação, mas com regulação vai mostrar às empresas que se não mitigarem com outros mecanismos não são bem-vindas no Mercado Voluntário de Carbono”. “Sem oxigénio não sobrevivemos. Mas, infelizmente, esse facto não é suficiente para as pessoas valorizarem-no por si só. Temos um território florestal valioso e não o aproveitamos… não cuidamos dele… e todos os verões sofremos consequências enormes por causa disso” lamentou.
Conheça os projetos vencedores AQUI!
A nossa rúbrica…
Não basta ter valor. É necessário comunicar valor. E o valor ambiental das marcas portuguesas é muito elevado, mas ainda muito pouco conhecido, por isso, ao longo dos próximos meses vamos dar palco e voz a projetos e práticas sustentáveis, contribuindo para a consciencialização e para a mudança comportamental.
Fiquem atentos!
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