O estudo “The impact of high ambient temperatures on delivery timing and gestational lengths”, revela que existem mais bebés prematuros devido às alterações climáticas. Esta conclusão demonstra o impacto do aquecimento da temperatura global no tempo de gestação, salientando que há mesmo risco de um parto prematuro, ou seja, um nascimento antes das 37 semanas.
A ciência há muito que sabe que um bebé pode nascer prematuro devido a variados fatores, como o descolamento da placenta e malformações fetais, mas este estudo revela em concreto a influência das alterações climáticas nos seres vivos. Afinal, as alterações climáticas são causadoras de muitas problemáticas mundiais que ninguém imagina.
COMO O CALOR INFLUENCIA O PARTO DO BEBÉ
A investigação pegou em dados sobre a temperatura média diária e as taxas de natalidade de vários estados dos Estados Unidos entre 1969 e 1988. A conclusão foi que quando as temperaturas chegaram ou ultrapassaram os 32,2º C, a taxa de natalidade por 100 mil mulheres também aumentou cerca de 0,97%, em comparação com outras datas onde se registaram entre 16º e 21º C.
De acordo com a revista TIME, o parto pode ser provado devido a existir um maior stress da mãe por causa do calor, fazendo com que entre em trabalho de parto precocemente. Contudo, o calor também pode influenciar os níveis de oxitoxina, hormona responsável pela influência do amor e da felicidade, sendo esta um importante componente no tralho de parto e na amamentação. A capacidade para tolerar o calor também foi tida em consideração nesta investigação.
Durante o período analisado, o estudo revela que houve 25 mil bebés prematuros causados pelas altas temperaturas anuais, o que significa que com o agravamento das alterações climáticas há uma forte probabilidade de o número de nascimentos prematuros ter aumentado ainda mais e a situação vir a agravar-se.