O oceano Atlântico está a ficar, cada vez, mais largo por causa de um fenómeno geológico raro constituído por um aumento de matéria nas profundidades da crosta terreste, no meio deste oceano. Esta foi a conclusão do estudo “A thin mantle transition zone beneath the equatorial Mid-Atlantic Ridge”, que destaca duas perspetivas para este acontecimento.
Assim, tanto podemos afirmar que o continente americano está a ficar mais longe da Europa e da África como o Atlântico cada vez mais largo. A cada ano, quatro centímetros de distância se movem e constata este episódio inabitual.
Em termos práticos, estes continentes estão combinados em placas tectónicas que se deslocam muito lentamente. E supostamente era assim que devia ser, mas este estudo veio demonstrar que as placas dos continentes americanos e as placas da Europa e da África se estão a afastar muito mais rápido do que se esperava.
AFLORAMENTO DO MANTO DA TERRA PODE ESTAR NA ORIGEM DESTE ACONTECIMENTO
Até ao momento, a investigação acreditava que este fenómeno geológico era estimulado pela força da gravidade, o que faz com que as partes mais densas das placas se movam. No entanto, o oceano Atlântico não tem placas densas.
Esta investigação veio trazer novidades pois foram encontradas novas evidências de um afloramento do manto da Terra, o material entre a crosta terrestre e o seu núcleo, que pode, efetivamente, estar a empurrar estas placas de baixo e a fazer com que os continentes se desloquem muito mais rápido.
O que é certo é que antes da investigação já se sabia que a América se estava a afastar da Europa e de África há milhares de milhares de anos e que até já estiveram unidas. Contudo, esta nova análise veio trazer material sobre o interior da Terra, o fluxo do magma, que afirmam que este está ligado às placas tectónicas, episódio nunca antes presenciado.
Através destes expostos e redescobertas foi, ainda, possível prever que as movimentações das placas podem causas enormes complicações para a humanidade como sismos, tsunamis e erupções vulcânicas.