Proibir a pesca insustentável e destrutiva nas áreas marinhas protegidas da União Europeia (U.E) é o principal objetivo da ação Our Fish que está a ser desenvolvida por um grupo de ambientalistas para defender ativamente os ecossistemas marinhos. A iniciativa faz parte de um plano de ação, com 10 objetivos, que tem como propósito alcançar as metas da biodiversidade, que dizem os ambientalistas não estarem a ser cumpridas.
O plano de ação será apresentado aos líderes da U.E e segue os princípios e os compromissos da Comissão Europeia para reverter a perda da biodiversidade até 2030.Entre os demais propósitos destacam-se o desenvolvimento de recursos para garantir uma implementação sólida, com fiscalização de leis e objetivos, a criação e a salvaguarda de um plano de ação da U.E que proteja os ecossistemas marinhos e os recursos pesqueiros, combatendo a pesca insustentável.
Proteger os ecossistemas do mar profundo, implementando de forma eficaz o Regulamento do Mar Profundo da U.E, reforçar a estratégia da biodiversidade da U.E e estabelecer coerência entre os compromissos da U.E e as suas políticas de subsídios para a pesca, garantindo o alcance internacional para o não agravamento da destruição dos oceanos são também alguns dos objetivos do plano de ação do grupo de ambientalistas.
Rebecca Hubbard, diretora do programa Our Fish refere que “a U.E ainda não conseguiu acabar com a sobrepesca e proteger os habitats marinhos.” Salientando, “o que realmente precisamos é de criar estratégias e objetivos que nos deem resultados. Os compromissos, as metas e os acordos nacionais são importantes para definir uma direção, mas se quisermos salvar o planeta, precisamos de ação”.
Desta feita, o plano de ação exige uma rede oceânica totalmente protegida, cobrindo pelo menos 30% dos oceanos, até 2030, e uma melhoria drástica na proteção da pesca. De modo a salvaguardar os ecossistemas marinhos, é pedido à U.E que realize avaliações de impacto ambiental das atividades de pesca, que defina limites de pesca com precaução em relação às alterações climáticas e aos sistemas de controlo remoto obrigatórios para todas as frotas pesqueiras.
Torna-se, ainda, fundamental, mitigar as capturas acessórias do fundo do mar para travar a perda da biodiversidade marinha nas águas europeias e restaurar a pesca para a elevar em níveis verdadeiramente sustentáveis.