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Alunos imaginam a alimentação do futuro e criam pratos inovadores

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“Para criar um futuro diferente do presente, a alimentação vai ter de conjugar três grandes prioridades: um elevado valor nutricional, um baixo custo económico e uma pegada ecológica reduzida.” Esta é a premissa do concurso promovido pela Escola Superior de Biotecnologia, da Universidade Católica Portuguesa no Porto, onde o desafio foi a criação de pratos que respondam aos três grandes desafios: nutrição, economia e sustentabilidade ambiental, por parte de alunos do secundário de todo o país. Entre os premiados, nas categorias – entradas, prato principal e sobremesa – estão o “Wrap de vegetais em cama de abóbora”, o “Hambúrguer de cogumelos e Duchesse de tremoço” e o “Crumble de maçã de montanha com frutos vermelhos”.

Paula Castro, Diretora da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa no Porto, refere que “criámos este desafio para perguntar qual é a melhor forma de nos alimentarmos. Não há verdadeiramente direito a comer quando os alimentos são nutricionalmente pobres, caros demais – resultando em malnutrição – ou degradam o ambiente, comprometendo o direito das gerações futuras a alimentar-se.” Salientando que “existe uma teia invisível de implicações em cada escolha alimentar e precisamos urgentemente de encontrar respostas sustentáveis.”

PARTICIPAÇÕES NO CONCURSO DE ALIMENTAÇÃO

No total cerca de 600 estudantes, de 66 escolas secundárias a nível nacional, incluindo Madeira e Açores, responderam ao desafio lançado pela Escola Superior de Biotecnologia. Cada grupo – um professor e 1 a 4 alunos – desenvolveu a receita, que tinha de ser original embora pudesse ser uma adaptação de outra já existente. Cada grupo preparou o prato e documentou o processo. Além disso, os grupos submeteram um pequeno dossier com a justificação das várias escolhas e o resultado.

Em cada categoria – entrada, prato principal e sobremesa – os melhores trabalhos foram escolhidos por uma triagem em duas fases.

Na primeira, um júri composto por quatro especialistas em nutrição selecionou as 30 receitas finalistas. Seguidamente, um outro júri, com cinco elementos distintos, especialistas em ambiente, transição alimentar e sustentabilidade, escolheu os premiados. Este método maximiza a credibilidade do processo de seleção. Cada 1º lugar recebeu 100€, os 2ºs receberam 60€ e os 3ºs lugares 40€ cada, além de diplomas.

Nas entradas, os premiados foram o “Wrap de vegetais em cama de abóbora” e o “Springrolls de couve branca com recheio de “carne” de casca de banana” que ficaram no topo dos classificados, do Colégio de Lamas, em Santa Maria da Feira, e do Colégio Luso, no Porto, respetivamente.

Já no que respeita ao prato principal foi o “Hambúrguer de cogumelos e Duchesse de tremoço” e o “Rolinho de sarda braseado com puré de batata-doce e marmelo, aromatizado com azeite de tomilho” que se destacaram. O primeiro da Escola Secundária do Monte da Caparica, em Almada, e o Segundo da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes, em Abrantes.

Para finalizar, nas sobremesas, o “Crumble de maçã de montanha com frutos vermelhos”, do Agrupamento de Escolas Gomes Teixeira de Armamar, em Armamar, e o “Sorvete de Couve-Flor em Crepes de Quinoa”, foram os grandes vencedores nesta categoria.