Com a ambição de demonstrar que o setor das Madeiras é “carbono negativo”, ou seja, que é um setor com capacidade para absorver emissões de carbono, a AIMMP viu aprovada a sua candidatura para a elaboração do Roteiro para a Descarbonização das Indústrias de Madeira – DECARBWOOD.
O projeto pretende potenciar o controlo das emissões negativas de carbono do setor, caraterizando-o, identificando as oportunidades de descarbonização e facilitando a implementação de estratégias para a redução de emissões de CO2 pelas empresas. Vai abranger um universo de 250 empresas e será desenvolvido ao longo de 2 anos. Prevê, ainda, a realização de um diagnóstico (gratuito) às empresas para que seja possível definir o Roteiro de Descarbonização do Setor.
De acordo com a associação “com este projeto iremos avaliar as empresas do sector, estimar a sua pegada carbónica e perceber onde podemos atuar para a redução das emissões de gases com efeito de estufa.” Reforçando que “além da valia ambiental, esta caraterística terá também, no futuro, valor económico para o país e, espera-se, para as empresas do setor. Por isso, contamos com a participação robusta das empresas dos diferentes subsectores da madeira, desde a caraterização da situação atual à participação em brainstormings para o desenvolvimento da estratégia de descarbonização, para que seja um projeto integrador e que gere valor acrescentado para as Indústrias de Madeira”.
As empresas do setor podem já manifestar o seu interesse e disponibilidade para participarem no projeto através do preenchimento do formulário disponibilizado no site da AIMMP.
Só com o esforço e participação de todos conseguiremos atingir a tão desejada neutralidade carbónica. Recorde-se que Portugal comprometeu-se internacionalmente com o objetivo de reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa de maneira que o balanço entre as emissões e as remoções da atmosfera seja nulo em 2050. E, sem dúvida que, a indústria da madeira, pela sua estrutura funcional, será fundamental neste processo.