José António Lopes, CEO da Ad quadractum arquitectos, foi nosso convidado na rubrica Essência do Ambiente, no Porto Canal. Em destaque esteve o projeto de arquitetura da primeira unidade da Kerakoll Portugal, S.A. , desenvolvido pelo gabinete de arquitetura Ad quadratum arquitectos. Um projeto de arquitetura de natureza industrial que visou edificar uma unidade com funções de fabrico, armazenagem, áreas administrativas e sociais, áreas técnicas e logísticas, tendo como denominador comum em todas as áreas de intervenção o foco na sustentabilidade ambiental.
Com um investimento de mais de 11 milhões de euros e o envolvimento de uma equipa especializada nas várias áreas de intervenção, a nova fábrica de Rio Maior foi construída em menos de um ano: estende-se numa superfície total de 19.000 m2, dos quais 6.600 m2 cobertos, e com uma capacidade produtiva de cerca de 60.000 ton/ano.
O projeto foi norteado por um diverso conjunto de outros investimentos de caráter ambiental como o são exemplo as medidas de atenuação de ruído e poeiras, a produção de energia a partir de fontes renováveis (fotovoltaica), o uso extensivo de plantas em jardins e fachadas como medidas passivas e sustentáveis de controlo térmico e solar.
“De facto há algo de novo nestes projetos. O novo está essencialmente na atitude do cliente e na definição da encomenda. O cliente industrial, por exemplo, está muito estigmatizado pelo peso, digamos assim, negativo, associado ao seu desempenho. Peso negativo entenda-se ambiental, pegada de carbono, consequências de poluição ou semelhantes e, portanto, a definição da encomenda industrial, nomeadamente, agora, à luz de parâmetros mais modernos rege-se, já muito, por parâmetros de qualidade e de sustentabilidade muito bem definidos. Desde logo assentes nos objetivos para o desenvolvimento sustentável definidos pelas Nações Unidas e, portanto, cada um destes investidores e as grandes corporações internacionais internalizaram isto já muito conscientemente definiram um conjunto de preocupações e objetivos de desempenho a atingir em cada edifício.”, salienta José António Lopes.
Para José António Lopes, “para além do enquadramento genérico no Plano Diretor Municipal de Rio Maior, a pretensão encontrou especial enquadramento no Loteamento resultante do Plano de Pormenor do Parque de Negócios de Rio Maior, observando exaustiva e rigorosamente todas as suas condicionantes aplicáveis.” Salientando que, “a fábrica situa-se próxima da costa atlântica, numa posição estratégica para o aprovisionamento de matérias-primas como areias, carbonato de cálcio e cimentos, permitindo reduzir o tráfego rodoviário, em linha com a vocação sustentável da empresa”.
Na unidade foram instalados 900 m2 de sistemas para isolamento térmico e 443 painéis fotovoltaicos que garantem a produção anual de 55% da energia elétrica e de 70% da água quente necessária.
A nossa rúbrica…
Fiquem atentos!
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